A Bridgestone Corporation encerrou o ano fiscal de 2016 com vendas totais equivalentes a US$ 29,494 bilhões (pelo câmbio atualizado), um resultado 11,96% abaixo do apurado no ano anterior, quando contabilizou vendas equivalentes a US$ 33,5 bilhões.
O lucro operacional reportado pela maior empresa produtora de pneus do mundo, somou US$ 3,972 bilhões, inferior aos US$ 4,571 bilhões apurados no ano anterior.
Alguns pontos foram destacados para explicar os resultados conquistados, dentre eles: o aumento da incerteza política e econômica ao redor do mundo, o baixo crescimento da economia japonesa e a lentidão da economia chinesa (que afetaram os negócios na Ásia), assim como o quadro de incertezas com a saída do Reino Unido da União Europeia – que acabou por acentuar um quadro de pessimismo para a conjuntura de curto e médio prazo.
A volatilidade de preços de commodities (borracha natural e petróleo) também provocou impacto, bem como uma atípica situação conjuntural sobre a linha de pneus OTR (Todo Terreno) para mineração e construção civil.
Das vendas totais de US$ 29,494 bilhões a divisão de pneus gerou receitas de US$ 24,444 bilhões, bem abaixo dos US$ 28,057 bilhões registrados no ano anterior. O lucro operacional da divisão que havia sido de US$ 4,178 bilhões em 2015 caiu para US$ 3,665 bilhões no ano passado.
A empresa ressalta esforços voltados à maximização da força de vendas em todos os mercados de atuação, tendo obtido aumento de vendas unitárias de pneus de passeio e carga no mercado japonês, mas resultado inverso nas operações da América do Norte, especialmente no segmento de pneus originais – vendidos diretamente para as montadoras.
Na China e Ásia-Pacífico os negócios foram positivos para a comercialização de pneus de caminhões e ônibus em que pese a estabilidade para as vendas dos chamados pneus OTR (Todo Terreno) para aplicação em obras de mineração e construção civil.
O desempenho mercado a mercado
Com exceção dos negócios realizados na EMEA (Europa, Oriente Médio e África), a Bridgestone registrou recuo de vendas em todos os demais mercados de atuação. As vendas na EMEA foram de US$ 4,216 bilhões no ano passado, 13,1% superior ao ano anterior.
No Japão, as receitas caíram 9,02%, para US$ 9,550 bilhões e nas Américas 15,3%, para US$ 14,542 bilhões nas América.
O impacto das matérias primas
Ao longo de 2016, a Bridgestone reportou ao mercado ter convivido com fortes oscilações em três matérias primas específicas. No caso da borracha natural, o insumo registrou aumento de 18,25%, para a borracha TSR 20. Já a borracha RSS3 subiu 21,62%, ante aumento de 20,51% do óleo cru WTI.
Projeções e perspectivas
Para 2017, a maior empresa de pneus do mundo destaca que o ambiente operacional continuará exigindo atenção cuidadosa sobre diversos fatores, dentre eles: flutuações da cesta de moedas, forte variação dos preços de commodities (borrachas natural, sintética e petróleo) e falta de clareza para a situação econômica global como um todo, com especial atenção para as condições de instabilidade política e social que permanecem sem solução em diversos mercados ao redor do mundo.
Diante desse cenário, o board da Bridgestone Corporation projeta os seguintes números de desempenho para o ano fiscal de 2017:
Vendas líquidas: US$ 32,084 bilhões (+8,78% sobre 2016)
Receitas líquidas: US$ 3,995 bilhões (+0,56% sobre 2016)
Receitas ordinárias: US$ 3,827 bilhões (+012% sobre 2016)
Lucro atribuível aos acionistas: US$ 2,474 bilhões (+5,46 sobre 2016).
Para a divisão de pneus, a Bridgestone estima receitas líquidas totais de US$ 26,869 bilhões (+ 9,91% sobre 2016).
Vendas no Japão: US$ 9,899 bilhões (+3,64%)
Vendas nas Américas: US$ 15,821 bilhões (+8,79%)
Vendas na EMEA: US$ 4,861 bilhões (+15,3%)
Para mais informações, acesse:
Demonstrações financeiras consolidadas
Resultados Financeiros do exercício de 2016