O trimestre de julho a setembro deve marcar o fim do ciclo de baixo desempenho dos setores industrial e de serviços, alinhando-se ao desempenho francamente positivo exibido pelo setor agropecuário, que continua apresentando performance chinesa de expansão econômica.
A constatação pode ser tirada dos números divulgados pelo Banco Central do Brasil junto às projeções semanais que realiza junto a analistas e investidores do mercado financeiro e se referem ao comportamento projetado para o Produto Interno Bruto (PIB).
Transportepress.com levantou os dados anuais e trimestrais do indicador, buscando tendências de curtíssimo prazo, médio e longo prazo e apresenta as performances projetadas abaixo:
A relação trimestral
As projeções trimestrais para o período de abril e junho versus os demais trimestres demonstra que o ciclo de queda da atividade econômica apresentada pela indústria e pelo setor prestador de serviços chegou ao fim (no segundo trimestre deste ano).
Apenas a agropecuária continua nadando de braçada como se estivesse em outro planeta econômico e financeiro, apresentando expansão projetada de 8,71% ante recuo de 1,10% da indústria e de 0,72% do setor de serviços. O PIB Total cede 0,10% nessas projeções.
A partir do terceiro trimestre – julho a setembro – todos os setores passam a uma performance positiva, sendo destaque a agropecuária (+5,02%), com a indústria em expansão de 0,73% e serviços, de 0,15%, com o PIB Total em 0,60%.
O quarto trimestre espelha uma indústria e serviços alçando voos (+1,70% e 1,16%), e um setor agropecuário preparando-se para o novo ciclo agrícola de 2018, embora com expansão duas vezes superior aos demais, de 3,61%. O PIB Total fecha o trimestre em alta de 1,46%.
O posicionamento estratégico para o momento é continuar com todas as fichas ancoradas no setor agropecuário – que continuará sendo o motor dinâmico da economia brasileira entre 2017 e 2021. Mas o ideal é nunca colocar todos os ovos em uma cesta só, por isso, um pé em negócios junto à indústria é salutar, e em menor proporção, em serviços.
Enquanto o PIB brasileiro projetado pelo Banco Central do Brasil deve fechar 2017 em alta de apenas 0,34%, o Agropecuário deve exibir expansão chinesa de 9%, a indústria, de 0,17% e serviços negativo em 0,20%. Esse é o cenário de curtíssimo prazo.
No médio e longo, agropecuária em primeiro, indústria em segundo e serviços em terceiro.
Os números dizem isso:
- A Agropecuária projeta expansão média de 9% em 2017, de 3% em 2018, e de 3,50% entre 2019 a 2021.
- A Indústria tem estimativas de 0,17% em 2017, 2,20% em 2018, 2,50% em 2019 e 2020 e 2,70% em 2021.
- Serviços vai firmar o passo a partir de 2019. Em 2017 cai 0,20%, sobe 1,90% em 2018, projeta alta de 2,30% em 2019, 2,50% em 2020 e 2,70% em 2021.