Segundo as duas entidades, isso se deve ao atraso na liberação de obras de infraestrutura no Estado de São Paulo.
A APELMAT e a SELEMAT reúnem cerca de 1.800 profissionais e empresas de pequeno e médio porte e desde 2010 vem investindo na locação de equipamentos da chamada linha amarela, como caminhões, escavadeiras, carregadeiras, tratores, motoniveladoras e retroescavadeiras.
Elas destacam que a morosidade na liberação de obras já está afetando o faturamento do setor. Em 2010 o conjunto das empresas faturou R$ 1,2 bilhão, mas neste ano deve chegar a no máximo R$ 840 milhões.
Entre as obras em atraso listadas pelas entidades estão: a infraestrutura viária no entorno do Estádio Itaquerão, Trecho Norte do Rodoanel, construção e ampliação de aeroportos, Ferroanel, Túnel Santos – Guarujá, expansão do Porto de Santos, entre outros projetos que até o momento estão emperrados, seja por demora nas licenças ambientais, vaivéns jurídicos e políticos, seja por falta de liberação de verbas.
Modernização de estradas, portos e obras de saneamento também não evoluíram conforme o planejado apontam as entidades.
Segundo a APELMAT/SELEMAT, o mercado de locação de máquinas no Brasil representa cerca de 30% das vendas de equipamentos da linha amarela – em 2011, foram quase 90 mil unidades vendidas para esse setor no país, algo em torno de R$ 3,5 bilhões anuais.
O diretor do Conselho Técnico da APELMAT e proprietário da empresa Wandy Rental, Wanderley Cursino Correia, possui caminhões e máquinas de pequeno, médio e grande porte, mas está com 60% da frota parada.
Segundo ele, quase 100% das empresas locadoras associadas à APELMAT atravessam uma forte crise por causa da falta de trabalho, incluindo aquelas que iniciaram as atividades há poucos meses e já fecharam as portas.