O Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) – que mensura a percepção do brasileiro com a economia e com as próprias condições financeiras ficou praticamente estável em março, em 42,2 pontos.
A escala do indicador varia de zero a 100 e resultados acima de 50 pontos demonstram um predomínio da percepção de otimismo.
No mesmo período do ano passado, o ICC registrou 42,3 pontos, sendo 42,8 pontos em fevereiro deste ano.
Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPCBrasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
De acordo com o levantamento, 76% dos consumidores avaliam negativamente as condições atuais da economia brasileira. Para 21%, o desempenho é regular e para apenas 2% o cenário é positivo.
Entre aqueles que avaliam o clima econômico como ruim, a principal explicação é o desemprego elevado, citado por 63% dos entrevistados. Em seguida, aparecem o aumento dos preços (56%) – embora a inflação esteja em queda -, altas taxas de juros (40%) e queda do consumo (21%).
Já quando se trata de responder sobre a própria vida financeira, o número de consumidores insatisfeitos é menor do que quando se avalia a economia do Brasil como um todo, mas ainda assim é elevado.
Para o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a economia brasileira vem dando sinais de melhora, mas apesar dessa evolução, a mudança no cenário é lenta e insuficiente para recolocar o país no nível de atividade anterior à crise.
“A recuperação da atividade econômica existe e está consolidada, mas o ritmo de melhora é gradual e, por enquanto, não se reflete de forma imediata no dia a dia do consumidor. Com a melhora dos níveis de renda, emprego e inadimplência, a recuperação fará com que a confiança do consumidor apresente resultados mais expressivos”, aponta.