Se por um lado as três maiores nações produtoras de borracha natural do mundo – Tailândia, Indonésia e Malásia – estão lançando um plano de retenção de vendas e produção de borracha natural com base na extração de látex de seringueiras, por outro lado grandes conglomerados que operam com borracha sintética estão adotando o caminho inverso.
Esse é o caso da Kumho Petrochemical, empresa que faz parte do Grupo Kumho – que no Brasil é mais conhecido como produtor de pneus. Mas a Kumho não produz e vende apenas pneus, ela também produz um dos insumos vitais para a manufatura desse produto, bem como a matéria-prima sintética para a produção de asfalto e nanotubos de carbono usados pelas indústrias automotiva e aeronáutica ao redor do mundo.
Só para conhecimento, a Kumho Petrochemical é a maior produtora mundial de borracha sintética e mesmo assim ainda não está satisfeita: ela tem um plano ambicioso de investimentos da ordem de 0 bilhões de wons a serem aplicados na ampliação da capacidade de produção de borracha sintética e resinas.
A empresa quer elevar a produção de estireno-butadieno para 84 mil toneladas anuais. O insumo é hoje um dos principais compostos que estão sendo usados para a produção de pneus na Europa, visando à rotulagem de pneus.
Resistente à abrasão, o composto auxilia na redução da emissão de carbono, uma das premissas da linha de pneus verdes que predominam nos centros de pesquisa e desenvolvimento das indústrias de pneus em todo o mundo.
Vale lembrar que a Kumho Petrochemical inaugurou em fevereiro deste ano uma nova fábrica em Yeosu, na Província de Jeolla do Sul, na Coreia do Sul, com capacidade para produzir 120 mil toneladas de butadieno por ano e já tem planos de construção de uma nova fábrica, em conjunto com a JG Summit Petrochemical, das Filipinas.
No contexto geral, os planos de expansão e produção de borracha sintética projetam receitas de 800 bilhões de wons e receitas anuais de 20 trilhões de wons até 2020.