O balanço das operações associadas ao mercado externo, apuradas pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), aponta para “um desempenho levemente significativo” dos embarques de pneus brasileiros ao exterior: alta de 2,80% no período de janeiro e fevereiro deste ano ante o mesmo período do ano passado.
A indústria exportou a soma de 2,29 milhões de pneus no período, ante 2,16 milhões no acumulado de janeiro e fevereiro do ano passado, algo que é visto pelo presidente executivo da ANIP, Alberto Mayer, como um movimento de aquecimento do setor no pós datas comemorativas (como o Carnaval, por exemplo), mas, principalmente, pela demanda de novos pneus de carga pela Argentina.
Se de um lado a velocidade de crescimento das exportações foi de 2,80%, a das importações apresentou de 3,4% no mesmo período. O boletim econômico divulgado pela ANIP destaca que esse percentual não contempla a importação de pneus para motos e bicicletas.
Na contabilização da entidade foram importados 5,384 milhões de pneus no primeiro bimestre deste ano ante 5,207 milhões de unidades no mesmo período do ano anterior. Segundo a ANIP o crescimento ocorreu na importação de pneus para veículos destinados à construção pesada, máquinas agrícolas e florestais, mineração, além de ônibus e caminhões de carga.
Já as compras externas de pneus para automóveis de passageiros caíram 5%, enquanto as importações de pneus para duas rodas tiveram forte queda (de 3,148 milhões para 1,894 milhões) entre este ano e 2013.
Na soma geral, o resultado da balança comercial do setor ficou negativo em US$ 55,8 milhões no primeiro bimestre do ano, com as importações superando as exportações em 5,072 milhões de unidades.
Participação da ANIP
Segundo o informe de mercado da ANIP, as empresas associadas a entidade respondem por cerca de 70% do consumo aparente de pneus no mercado local, ficando outros 30% nas mãos de importadores.
Do volume total que as produtoras brasileiras vendem no mercado interno, cerca de 10% são representados por pneus importados – para complementar as linhas fabricadas localmente, principalmente de modelos que ainda tem consumo limitado no Brasil, como é exemplo dos pneus conhecidos como Run Flat.