A Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (APROBIO), destaca que suas associadas tiveram a produção totalmente paralisada, como reflexo direto da greve dos caminhoneiros.
Em informe distribuido ao mercado nesta quarta-feira, 29, a entidade ressalta que a cadeia produtiva do biodiesel ofereceu ao governo, no último dia 23, medidas de curto prazo para a diminuição do preço dos combustíveis e aumento da previsibilidade desse custo para todos os agentes econômicos envolvidos.
Entre essas medidas, uma das mais efetivas, e, que implicaria em redução imediata de R$ 0,13 no preço do combustível na bomba, está a adoção da mistura de 15% de biodiesel, o chamado B15, ao diesel fóssil vendido nos estados do Centro-Oeste, região que concentra alta produção do biocombustível e está distante das principais refinarias do país.
Outra proposta – feita à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) -, diz respeito à flexibilização do uso do B100, isto é, combustível com 100% de biodiesel, para o abastecimento de veículos de serviços essenciais à população, como ambulâncias, viaturas policiais, ônibus, caminhões de coleta de lixo, entre outros.
Segundo a entidade, a ANP autorizou apenas a flexibilização para um maior uso do diesel fóssil e eventual redução dos 10% de biodiesel exigidos pela lei, medida que a APROBIO avalia ser contraproducente para o enfrentamento da crise de abastecimento.
Além da paralisação da produção entre suas associadas, a Aprobio aponta para o comprometimento dos avanços obtidos desde a adoção da mistura B10, em março passado.