Outros aspectos mencionados pelo Diretor Comercial do Banco Mercedes-Benz, Marcelo Larussa, para oportunizar resultados se atêm aos produtos e serviços que a organização possui.
“Em relação a produtos, temos muitos deles em prateleira, em que cada um tem por objetivo atender a cada necessidade da base de clientes, sejam esses clientes com frotas menores, com um ou dois caminhões, ou as grandes frotas. Para cada uma dessas características de clientes o Banco Mercedes-Benz tem produtos que podem se adequar a essas necessidades”, diz.
O CDC
“Temos o CDC, que é o padrão, onde os recursos são próprios, assim como o CDC Decrescente – que lembra um pouco o modelo de financiamento habitacional, quando se pagam as parcelas inicialmente maiores e elas vão caindo ao longo do tempo, como no sistema SAC”. Segundo Larussa, “isso faz sentido para nós porque estava lincado nas mesmas ofertas que se fazem no BNDES FINAME, onde as parcelas também são decrescentes. Porém, no BNDES FINAME, muitos dos clientes não estão elegíveis em função do número de documentos exigidos para enquadramento à operação. Então, o CDC Decrescente faz todo o sentido em nossa estratégia para que possamos oferecer uma condição diferenciada, não mais as parcelas fixas, mas decrescentes, como no modelo FINAME”, diz.
O FINAME
Outro aspecto destacado se atém aos produtos do BNDES. “Para se ter uma ideia da representatividade do CDC e do FINAME – e do crescimento do FINAME em 2022, e continuamos observando esse crescimento em 2023 -, são ferramentas superimportantes, tanto é que, se formos olhar os números do BNDES, hoje, o Banco Mercedes-Benz figura entre os maiores repassadores de recursos da instituição. Aqui não falo apenas dos bancos de montadoras, mas de todos os bancos, então é muito importante ao Banco Mercedes-Benz essa forma de distribuição de produtos do BNDES”.
O LEASING
Em relação ao leasing o executivo destacou pouquíssimos negócios, em função de estrutura, de taxas, ou o operacional mais custo que acaba ficando inviável aos clientes, sendo que outros produtos acabam balanceando isso. Também foi destacada a questão cultural do brasileiro, que ainda não resolveu o paradigma entre TER o bem e USUFRUIR o bem. Esse paradigma, já resolvido em mercados mais desenvolvidos, permite muito melhor aceitação ao leasing, mas, outro fator dos mais relevantes, no caso brasileiro, é a gangorra cambial. Como o funding que alimenta as linhas de leasing se baseiam em recursos captados no exterior, ou em dólar, a simples volatilidade cambial derruba o interesse pelo arrendamento mercantil.
“Aqui temos um produto bastante interessante e diferente, porque conseguimos apresentar aos clientes parcelas menores que as tradicionais”, disse o executivo. Segundo sua descrição, há uma entrada baixa, mas com uma saída alta.
“Temos uma entrada baixa, parcelas menores, por exemplo, em 24 meses, porque esperamos e temos uma expectativa de saída alta. Mas isso não agrava o risco da operação, do negócio, por que em 24 meses acontecem muitas coisas. Mas então temos um relacionamento com os concessionários, em que, para preservar todas as cláusulas que temos com o cliente, o concessionário é obrigado a recomprar o veículo, seja ele automóvel, caminhão, ao final do período do contrato. Com esse dinheiro, o cliente terá condição de honrar essa saída”.
Segundo Larussa, o pulo do gato é que o cliente sempre estará com um carro novo e o concessionário sempre com a disposição de ter uma nova venda, de criar mais e maior fidelidade, não apenas através de uma pura venda, mas através dos nossos serviços, sejam eles financiamentos ou serviços da montadora.
SEGURO É PONTO SUPERIMPORTANTE
“Vendemos R$ 197 milhões, mas não somos seguradoras, somos corretora de seguro”, disse. “Pode parecer aos clientes que nós somos os seguradores, a seguradora, não. Nós somos corretora e nosso papel é muito importante dentro desse segmento de seguros porque, como corretores da montadora e tendo relacionamento próximo com a fábrica, embaixo do mesmo teto, o Banco Mercedes-Benz abre as portas para as atuais seguradoras, para conversar com nossos engenheiros, entenderem toda a tecnologia embarcada em nossos produtos e, com isso, precificar de forma mais eficiente o preço do produto, comparativamente a outras marcas. Esse é o trabalho que a Cristina Rensi, nossa head da Mercedes-Benz Corretora de Seguros, faz com seu time, olhando para a necessidade do cliente, e nos antecipamos a servi-lo”, disse.
Para mais informações: https://www.bancomercedes-benz.com.br/banco-mercedes-benz/relacionamento-com-investidor/demonstrativos-financeiros