Matérias-primas essenciais para o dia-a-dia de negócios de uma empresa de pneus, a borracha natural e o petróleo mexeram com a planificação operacional do Grupo Bridgestone no primeiro trimestre de 2017.
Segundo o informe de mercado distribuído ao mercado, as cotações do petróleo (WTI), são as que mais pesaram no contexto, com os preços fixando-se na média de US$ 62 o barril entre janeiro e março deste ano.
Esse patamar de preços para o insumo – que permite a extração de borracha sintética usada na construção de pneus – subiu 21,56%. Em geral, a borracha sintética representa 80% a 90% da matéria-prima que é usada em um pneu, e a dimensão de alta impacta diretamente na formação do preço (de produção e venda ao consumidor).
Tudo leva a crer que a pressão de preços sobre essa commoditie tenda a se manter alto ao longo do encerramento do primeiro semestre, uma vez que as tensões globais no Oriente Médio, queda de braço entre Estados e China e caminhos escolhidos pela OPEP para o abastecimento global ensejam dúvidas.
No segundo semestre de 2017, a média de preços do WTI foi de US$ 48, segundo o informe da Bridgestone, se mantendo estável no 3º trimestre (US$ 48) e voltando a subir no 4º trimestre para US$ 55 o barril.
Borracha Natural
Os dados apresentados pela gigante de pneus global mostram que o impacto relativo aos preços da borracha natural foram positivos. A TSR20 encerrou o trimestre ao preço médio de US$ 146 o quilo (pelo dólar de Cingapura), cotação 29,8% abaixo da registrada no 1º trimestre de 2017, de US$ 208 (dólar de Cingapura).
Já a borracha natural RSS#3 trabalhou ao preço médio de US$ 171 o quilo entre janeiro e março deste ano, preço 32,41% inferior aos US$ 253 o quilo observado no primeiro trimestre de 2017.
Ou seja, se o petróleo avançou 21,56% as borrachas naturais caíram (28,8% na TSR20) e (32,41% na RSS#3), gerando um efeito de descompressão na formação do preços final, porém, essa commodity também pode vir a pressionar o segmento industrial neste encerramento de trimestre.
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