Porém, a PENRA entende que essa fonte vem se tornando cada dia mais instável, seja pela questão de pragas naturais, seja pela questão do monopólio gerado pelos grandes produtores instalados no Sudoeste da Ásia – responsáveis hoje por 90% da produção mundial do insumo – seja porque, na conta da indústria de borracha e plásticos os números não fecham: a demanda para os anos futuros não comporta a produção de borracha natural com base na hevea brasilienses.
A PENRA chama a atenção ainda para o abrupto crescimento na demanda pelo insumo em mercados como a Índia, a China e a Rússia nos últimos anos.
Com base nesses pressupostos, sustentados ainda pela tese de que a extração da borracha natural ainda é feita em bases primitivas, a PENRA decidiu trabalhar plantas alternativas, chegando ao Dendelion da Rússia (dente-de-leão) para os brasileiros e o Guaíule – arbusto originário do norte do México e Sul dos Estados Unidos.
Ademais, a PENRA coloca claramente que a borracha natural, assim como o petróleo, é um insumo essencial para a economia dos Estados Unidos e tem status de ativo de segurança nacional.
Os EUA consomem 2,7 bilhões de quilos de borracha natural por ano, dos quais 80% destinam-se à confecção de pneus. No caso dos pneus para aviões, a PENRA ressalta que a produção exige 100% de borracha natural em sua composição.
Diante de tudo isso, a entidade decidiu pesquisar novas plantas no sentido de dar origem a um novo quadro da indústria da borracha global.
E gente de peso está por trás dessa iniciativa.
Entre os colaboradores da PENRA estão Cooper e Bridgestone, além do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o Departamento de Ciência da Universidade do Oregon, da Universidade de Akron, entre outros.
As pesquisas desenvolvidas correm sobre cinco eixos: Melhoria do Germoplasma, Otimização do Sistema de Produção, Otimização do Bioprocessamento, Processamento de Derivados e Validação Comercial.