As operações com contratos futuros de borracha natural avançaram de forma muito positiva em setembro, com a recuperação das pesadas perdas que haviam sido apuradas ao longo das operações em agosto.
É o que mostra levantamento realizado com base nos preços de negociação e fechamento do insumo nos pregões de futuros de borracha natural da Tóquio Commodity Exchange (Tocom).
Para os contratos com vencimento em setembro, os ganhos foram de 7,67% no mês e de 11,32% em 30 dias terminados no dia 24 de setembro (data em que as negociações a futuro com esses contratos foram finalizadas).
Vale destacar que, em parte, o bom desempenho observado em setembro apenas recompôs as perdas de agosto.
Exemplo: em 02 de julho a borracha natural para setembro era negociada a 242,60 ienes por quilograma. Em 02 de agosto o contrato fechou a 222,90 ienes por quilograma (desvalorização de 8,12%) e encerrou ao preço de 240,00 ienes por quilograma em 24 de agosto (alta de 7,67% na comparação com 02 de agosto). Ou seja, não chegou a corrigir as perdas de 8,12%, mas chegou perto.
Para os contratos ainda em aberto, o quadro está mais do que positivo. Para quem negocia borracha natural para outubro, os preços passaram a subir, e bem, desde a segunda quinzena de agosto. Comparados aos preços de 02 de agosto, as cotações para 02 de setembro apresentam ganhos de 16,64%.
Para os contratos de novembro, os preços postos no pregão da Tocom – já sendo negociados para o dia 02 de outubro -, apontam para valorização de 15,42% ante os preços do insumo em 02 de agosto. Para dezembro, alta de 15% na mesma base de comparação.
Preços para 2013
Os maiores volumes de negócios fechados no mercado futuro de borracha natural em Tóquio ocorrem para os meses de fevereiro e março de 2013.
Pegando como exemplo a sessão de 01 de outubro (já encerrada no Japão), dos 5.566 contratos fechados no dia, 2.021 foram para os contratos de fevereiro e 3.456 para os de março. Na sessão do dia 02, dos 3.006 contratos negociados, 1.869 foram em contratos para março e 854 para fevereiro de 2013.
Isso quer dizer que os contratos – ou negociações mais líquidas – se fazem nestas datas. Se tomarmos por base o posicionamento da indústria de pneus – em recente informe ao mercado a Michelin destacou que 2012 foi um ano de transição e 2013 o mercado global deve crescer entre 3% e 4% -, a indústria pode estar se preparando para um novo ciclo produtivo e de vendas, já mirando o primeiro trimestre do ano que vem.
Apesar da maior sede da ponta compradora de borracha natural, os preços para essas duas datas ainda se mostram em formação. Os contratos de fevereiro exibem valorização de 1,93% e os de março, de 4,04% ante 14,61% nos preços para entrega futura de borracha natural em janeiro, por exemplo.