Após testes iniciados em maio deste ano, a Brado Logística está consolidando o transporte de tabaco in natura (folhas e talos processados e fumigados) através do Terminal Intermodal de Esteio, no Rio Grande do Sul, voltado para exportação.
A empresa projeta atender a 30% do transporte dessa matéria-prima, ampliando essa participação em 50% em curto prazo. Já foram embarcados mais de 30 contêineres, mas a meta é chegar a 400 contêineres por mês, destaca informe de mercado da companhia logística.
Os contêineres vazios são retirados no Porto de Rio Grande e levados até o Terminal Intermodal de Esteio, por ferrovia. De lá, eles seguem de caminhão até a fábrica para serem estufados e voltam ao Terminal para poderem retornar de trem até o complexo riograndense, onde são destinados à exportação.
A operação reduz o custo de transporte em 15%, aponta a Brado, ao destacar outras vantagens no uso do transporte ferroviário, como a redução na circulação de caminhões e consequentemente a menor emissão de CO2 na atmosfera.
“Sabemos do potencial de produção da região e com isso esperamos conquistar mais clientes neste segmento para diversificarmos o modal utilizado nas exportações”, explica a comercial intermodal da Brado, Elisabete Wolfarth.
Dados da Associação de Fulmicultores do Brasil (Afubra) aponta que o País é o segundo maior produtor de fumo no mundo. A Região Sul responde por 96% da produção do tabaco brasileiro, com 710 mil toneladas produzidas na safra 2011/12.
Diante deste cenário, a Brado espera fomentar os negócios na região, oferecendo o transporte ferroviário como uma opção logística diferenciada para o transporte do insumo.