Dois mercados emergentes puxaram o segmento de caminhões pesados em 2013: o Brasil, cujo mercado registrou ampliação de 19%, para 103.829 unidades e a China, cujo mercado expandiu em 22%, para 774.104 unidades.
A previsão para este ano aponta para até 105 mil novas unidades no Brasil, sendo 700 mil caminhões pesados a serem comercializados no mercado chinês. Ou seja, o Brasil tende a repetir o desempenho de 2013, com um pequeno adicional e a China tende a reduzir o espaço para os pesados.
Os números fazem parte do relatório de desempenho financeiro divulgado pelo Grupo Volvo na semana passada.
Aqui vale uma observação importante. Os números relativos ao Brasil são a somatória do segmento de caminhões pesados (55.886 unidades vendidas em 2013) mais os do segmento de semipesados, cujas vendas somaram 47.943. 55.886 + 47.943 dá os 103.829 caminhões pesados e semipesados vendidos no Brasil, um número que a Volvo espera que evolua para 105 mil neste ano.
Segundo a empresa o bom desempenho dos segmentos de pesados e semipesados no Brasil se deveu a dois fatores condicionantes bem claros: a força da safra agrícola recorde – que se repete agora no novo ano safra – e o grande apoio das liberações de crédito e taxas de financiamento atraentes (basicamente oriundas do BNDES) – fato que também se evidencia nas novas regras do PSI BNDES em 2014.
Em que pesem tais fatos, o relatório aponta para uma expectativa de estabilidade dos números para este ano
Os dados também revelam previsões para o mercado europeu. Aqui eles apontam para recuo de unidades – foram 240.151 pesados vendidos em 2013 e os prognósticos sinalizam para 230 mil neste ano. Já para o mercado norte-americano as vendas devem passar de 236.334 unidades em 2013 para 250 mil neste ano.
Também são esperados avanços do segmento de pesados na Índia, para 145 mil caminhões ante 131.708 unidades em 2013, e no Japão, para 35 mil unidades, ante 33.811 em 2013.
Do resultado efetivamente realizado em seus mercados de atuação, a divisão caminhões do Grupo Volvo obteve vendas totais de 178,4 bilhões de coroas suecas, número 6% inferior ao apurado no ano anterior. Dentre todos os mercados de atuação da marca, as receitas de vendas foram positivas apenas na América do Sul, da ordem de 23,3 bilhões de coroas suecas, refletindo salto de 10% ante o ano anterior.
Número de pedidos
Um olhar sobre os números de novos pedidos de caminhões no quarto trimestre de 2013 – que devem invadir o chão de fábrica das diversas divisões e unidades de caminhões do Grupo Volvo, apontam para números muito otimistas. Na América do Sul essas encomendas avançaram 17%, percentual que perde apenas para o registrado na América do Norte, que foi de 23%, sendo 16% de novos pedidos em carteiras registrados na Europa.
Das vendas líquidas totais do Grupo, de 76,6 bilhões de coroas suecas, 52 bilhões vieram da divisão caminhões e 5,5 bilhões de coroas suecas da divisão ônibus. O lucro operacional da divisão caminhões saltou 57,5%, para 2,965 bilhões de coroas suecas. Já o da divisão ônibus, saiu de um prejuízo de 22 milhões de coroas suecas em 2012 para um lucro de 50 milhões de coroas suecas no ano passado.
Programa de ajustes
O programa de eficiência buscado pelo Grupo Volvo – lançado no outono de 2013 – deve ser colocado em prática em 2014 e 2015. Nele, o presidente e CEO do Grupo Volvo, Olof Persson, aponta para o corte de 4.400 colaboradores, mais que o dobro dos 2.000 estimados anteriormente.
Os cortes de pessoal deverão ocorrer em todos os mercados de atuação da empresa e serão realizados sobre as operações de caminhões, vendas, marketing, TI, finanças e recursos humanos.
Segundo ele, essa é uma consequência das transformações pelas quais o grupo está passando e com uma nova organização e novas formas de trabalhar, o Grupo Volvo será capaz de utilizar os recursos que têm de forma mais eficiente.
Para mais informações, acesse: Volvo Group