Raio X da balança comercial do setor de pneus – 1º bimestre de 2012 (Valores em milhões de dólares FOB) |
Tipo de pneu | NCM* | Exportação | Importação | Saldo |
Caminhão e Ônibus | 40112090 | 93.644.755 | 80.307.362 | 13.337.393 |
Veículo de Passeio | 40111000 | 77.779.538 | 93.501.885 | 15.722.347 |
Construção Aro 61 | 40119490 | 21.659.735 | 12.336.783 | 9.232.952 |
Construção Aro 61 | 40116390 | 20.011.941 | 1.941.693 | 18.070.248 |
Bandas de rodagem e assemelhados | 40129090 | 19.731.228 | 1.183.214 | 18.548.014 |
Motocicletas | 40114000 | 19.632.518 | 9.160.947 | 10.471.571 |
Agrícola | 40116100 | 7.762.069 | 11.754.779 | 3.992.710 |
Aviação | 40113000 | 1.042.909 | 2.429.233 | 1.386.324 |
Construção | 40116200 | 931.807 | 1.893.634 | 961.827 |
Agrícola e Florestal | 40119290 | 609.639 | 764.656 | 255.017 |
Construção Aro 61 | 40119300 | 401.259 | 2.489.272 | 2.088.013 |
Tratores | 40119910 | 2.848 | 0 | 2.848 |
Flaps | 40129010 | 396.207 | 248.012 | 148.195 |
Agrícola 4,00-15 | 40119210 | 301.059 | 78.800 | 222.259 |
Bicicleta | 40115000 | 105.566 | 4.949.367 | 4.843.801 |
Dumpers 1448 | 40119410 | 0 | 14.165.492 | 14.165.492 |
Dumpers | 40116310 | 0 | 3.378.586 | 3.378.586 |
Construção 1143 mm | 40116320 | 0 | 884.023 | 884.023 |
Total | —— | 264.013.078 | 241.467.738 | 22.545.340 |
O setor de pneus – fabricantes e importadores – movimentou a soma de US$ 505,5 milhões nos primeiros dois meses de 2012, através de operações com exportação e importação de produtos.
Esse volume foi obtido através de levantamento realizado pela com base em informações apuradas sobre a base de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O estudo foi fundamentado em 18 tipos diferentes de pneus, baseados na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), comercializados pelos agentes de mercado – nacionais e estrangeiros –, sendo possível obter o desenho de quem é quem dentro da pauta das exportações e das importações de pneus e produtos associados da balança comercial brasileira, tais como bandas de rodagem e pneus para dumpers – veículos projetados para o transporte e movimentação de materiais na construção civil, agricultura, indústria e serviços públicos entre outras especificações.
Dentro do universo desses 18 tipos diferenciados de pneus, a indústria brasileira gerou US$ 264 milhões em receitas de exportação no primeiro bimestre do ano, ante a entrada de US$ 241,5 milhões em importações. Exportação menos importação, o saldo foi positivo em US$ 22,5 milhões no período.
Vantagem competitiva
Pneus para caminhões e ônibus, para veículos de passeio, para veículos usados na construção – por empresas de mineração e construção civil, principalmente – bandas de rodagem e produtos associados ao mercado de recapagem, e pneus para motocicletas, se inserem entre os cinco tipos de produtos de maior valor agregado do setor e os que movimentam o maior volume de negócios dentro da pauta de exportação da indústria de pneus brasileira.
O estudotambém permite ver onde se encontram os atuais gargalos dessa indústria e quais os segmentos em que o efeito importação representa seu maior desafio.
Os segmentos em que a indústria brasileira tem grande vantagem competitiva sobre os produtos importados podem ser elencados nos pneus de caminhão e ônibus, voltados para construção, bandas de rodagem e produtos associados, motocicletas e flaps – protetores de câmara de ar.
Em todos esses segmentos ou tipo de produtos, as empresas que fabricam produtos no Brasil e os exportam têm vantagens competitivas muito grandes, com saldos entre a exportação e a importação muito maiores que a média geral – dos demais segmentos de produtos.
Por exemplo: no segmento de bandas de rodagem, o Brasil exportou US$ 19,7 milhões em bens na soma de janeiro e fevereiro e importou apenas US$ 1,1 bilhão em produtos no período. O saldo gerado pela balança comercial de bandas de rodagem e produtos associados no ano, de US$ 18,6 milhões, é o maior entre os 18 setores pesquisados.
Essa larga margem leva a dois questionamentos imediatos: ou os produtos nacionais não contam com competidores à altura e, além de atender ao mercado interno com uma ‘baita’ qualidade ainda têm força para exportar, ou simplesmente o setor importador não descobriu o mercado de recapagem brasileiro, um negócio que segundo a Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), movimenta R$ 4 bilhões por ano, sendo 8,2 milhões de pneus só no segmento de ônibus e caminhões.