O objetivo é buscar fontes alternativas à borracha natural com base na hevea brasiliensis, nativa da Amazônia brasileira e fortemente enraizada no Sudeste da Ásia, de onde saem hoje 90% da produção mundial do insumo.
Segundo a empresa japonesa, a pesquisa vem sendo desenvolvida pela filial norte-americana, a BATO, dentro do Programa de Excelência em Alternativas à Borracha Natural (PENRA), que conta com o apoio da Universidade do Estado de Ohio (EUA), sendo que os resultados indicam que o dente-de-leão pode se tornar comercialmente viável para a produção de borracha natural.
“Sabemos que existem mais de 1.200 tipos de plantas das quais a borracha natural poderia, em teoria, ser desenvolvida, mas encontrar uma que possa produzir em qualidade e quantidade necessária para atender às demandas atuais do mercado de pneus é um desafio”, disse em nota o presidente do Centro de Pesquisa e Tecnologia da Bridgestone América (BATO), Dr. Hiroshi Mouri.
Segundo ele, a Bridgestone continua seguindo firme no caminho de encontrar alternativas viáveis e sustentáveis para a borracha natural voltada para a construção de pneus. “Estamos entusiasmados com os avanços e os resultados da pesquisa com Dandelion”, afirmou.
O próximo passa a ser dado pela Bridgestone será a realização de testes adicionais em seus laboratórios em Akron (EUA) e em Tóquio, estimando uma fase inicial de produção em larga escala somente a partir de 2014.
Essa iniciativa da Bridgestone com o Dandelion também vem sendo feita com o Guaíule, um arbusto originário do norte do México e Sudoeste dos Estados Unidos.
Segundo a empresa japonesa, as duas plantas têm qualidades quase idênticas comparadas à borracha extraída da hevea brasiliensis – atualmente a principal fonte de extração para a borracha usada em pneus no mundo.
O projeto de pesquisa do Guaiúle também está sob a responsabilidade da BATO, com apoio financeiro e técnico da Bridgestone japonesa.