Caiu 0,80% o número de regularização de dívidas entre os brasileiros em fevereiro – considerado o acumulado em 12 meses.
A constatação é do Indicador de Recuperação de Crédito apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todo o país.
O indicador acompanha a evolução do número de consumidores que deixaram os cadastros de inadimplentes por terem pago as suas dívidas em atraso. Em outra base de comparação, entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2017, o recuo foi de apenas -0,35%.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, aponta que os dados estão em linha com a lenta e gradual retomada da economia brasileira. “A tendência é que ao longo dos próximos meses, a recuperação de crédito possa ganhar força à medida que a melhora da economia se traduza em queda do emprego e aumento da renda da população”, diz.
Perfil das dívidas
Cerca de 58% das dívidas pagas em fevereiro foram junto às instituições bancárias, dentre elas faturas de cartões de crédito, financiamentos, empréstimos e seguros.
O segundo tipo de dívida em atraso que mais foi colocada em dia é o com companhias de serviços básicos, como água e luz, que representam 22% do total de pendências quitadas.
Em terceiro estão dívidas regularizadas no crediário ou boleto no comércio, com 10%. As pendências com empresas de telecomunicação, como contas de telefonia, TV por assinatura e internet, representaram um total de 4% em fevereiro.
Mulheres
Os dados do Indicador de Recuperação de Crédito apontam que as mulheres estão sendo mais pontuais que os homens no quesito. Em fevereiro, foram responsáveis por 52% dos pagamentos ante 48% dos homens.
Do total de inadimplentes que quitaram suas pendências, a maior parte (45%) tem idade entre 30 e 49 anos, sendo a segunda faixa que mais recuperou crédito a dos consumidores entre 18 a 29 anos (14%), seguido dos idosos acima de 65 anos de idade (12%).
A região Centro-Oeste foi a única a apresentar crescimento nos pagamentos de dívidas: 0,98%.
A queda mais acentuada foi observada nos Estados que compõem a região Norte, queda de 12,94%, seguida pela Região Sul (-11,93%), Sudeste (-6,39%) e Nordeste (-0,78%).