Trinta estudantes de engenharia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) participam da Fórmula SAE Lincoln, nos Estados Unidos.
Na competição, que começa nesta quarta-feira, 19, e segue até sábado, 22, em Lincoln, Nebraska (EUA), os estudantes disputarão com dois carros tipo Fórmula – um elétrico e um a combustão – ao lado de 100 equipes dos Estados Unidos, Canadá, México, Japão, Áustria e Índia.
A Fórmula SAE Lincoln estreia a categoria de carros elétricos com 20 equipes do Brasil, Estados Unidos, Áustria e Canadá.
Para a construção do protótipo da Universidade Estadual de Campinas, a equipe optou por fibra sintética de aramida na carenagem, material leve e resistente.
O carro é movido por motor elétrico composto por 76 baterias de LiFePO4, chegando a 300 volts e 120 CV (85 kilowatts) de potência, limite estabelecido pelo regulamento da SAE International. Com uma carga de 2h00 nas baterias é possível rodar 25 km. O carro pesa 250 kg e atinge velocidade máxima de 170 km/h. “Nossas expectativas são muito boas e esperamos vencer”, comenta o capitão da equipe, Diego Moreno Bravo, estudante do 6º ano de Engenharia Mecânica.
O carro de Santa Maria
Participante da categoria de veículos movidos a combustão, a equipe Fórmula UFSM, composta por 19 estudantes da UFSM, do Rio Grande do Sul, compete em Lincoln com outras 80 equipes do Canadá, México, Japão, Índia e Estados Unidos. Para tentar boa pontuação, os estudantes apostaram no sistema de gerenciamento eletrônico MOTEC 1800, utilizado por equipes de ponta do automobilismo para estabilizar todos os sistemas eletrônicos do carro com base nas necessidades do veículo em movimento.
O protótipo faz 11 km/l de gasolina, atinge velocidade máxima de 180 km/h e pesa 230 kg. “Investimos também no design do veículo, para aliar o aspecto funcional com o visual”, explica o professor Mario Martins, orientador do projeto. Martins destaca a importância acadêmica do projeto Fórmula SAE. “Os estudantes desenvolvem na prática conceitos de várias áreas da Engenharia, o projeto é multidisciplinar”, acrescenta o professor.