A China deve encerrar 2017 com a comercialização de 35 milhões de veículos. A estimativa parte de levantamento divulgado pelo MIIT, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da República Popular da China.
No ano passado, o mercado chinês comportou vendas totais de 28 milhões de unidades, e o salto neste ano está associado aos projetos de urbanização de cidades – ocorrendo neste momento em diversas regiões daquele país – e devido à expansão das exportações de veículos, programada por fabricantes domésticos.
Segundo o MIIT, essas ações acenam com aumento das vendas em cerca de 25% no corrente ano e os dados também incluem veículos elétricos e híbridos.
A expectativa é de comercialização de veículos elétricos e híbridos participe com 20% da produção total de veículos até 2015. Em termos de vendas, a expectativa é que esse segmento envolva vendas de 2 milhões de unidades por ano até 2020 – para os próximos 10 anos, o MIIT estima um mercado potencial para esse segmento de 7 milhões de unidades por ano.
Entre os objetivos do governo local está o incentivo à criação de campeões de vendas made in china para o segmento, e tais incentivos passam pelas montadoras SAIC e Geely Automobile, que segundo o governo local, começam a incomodar a concorrência com seus produtos e estratégias de marketing.
O governo chinês não tem, ainda, uma posição final (e fechada) para a participação de empresas estrangeiras em montadoras locais, sendo que a política de joint venture continua prevalecendo entre os negócios, porém, espera que as montadoras chinesas ampliem fortemente o volume de exportações para os países desenvolvidos.
Outro foco de atenção local é para massificação de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias em baterias para veículos elétricos, um caminho em que a China está apostando muito forte nos próximos 10 anos.
A título de curiosidade, pesquisamos os números da Geely Automobile e os dados divulgados mostram vendas de 765.970 unidades no ano passado, alta de 50,2% sobre o ano anterior. Do total, 744.191 unidades foram vendidas no mercado chinês.
Os cinco modelos mais populares da marca, New Emgrand, Vision, Geely Boyue, Geely Kingkong e Emgrand GS, foram responsáveis por mais de 79,9% do volume global de vendas.
A Geely ampliou o lucro líquido em 125,9%; o lucro aos acionistas cresceu 126,2%.
Para mais informações, acesse: Annual Results
Em relação à SAIC, que conta com joint ventures com a Volkswagen, General Motors e Iveco, os números de dezembro de 2016 mostram vendas totais de 6.488.867 unidades, alta de 9,95% sobre as 5.900.888 unidades vendidas no ano anterior.
Os números falam por si. Comparativamente ao Brasil, a Carta da Anfavea de janeiro deste ano aponta uma produção total de 2,16 milhões de unidades no Brasil em 2016, 11,2% menos que em 2015 e vendas de 2,05 milhões de veículos (20,2% menos que no ante anterior). Em 31 de dezembro do ano passado, a SAIC vendeu, sozinha, mais que o triplo de carros que o Brasil comercializou.
Transportepress.com, com agências