A China deu um passo importante para assegurar à indústria de pneus um novo estoque estratégico de borracha natural. O Ministério de Comércio Exterior estabeleceu junto ao governo do Camboja a aquisição de 300 mil toneladas do insumo a partir de 2018.
O memorando de entendimento destaca que o Camboja deve elevar em 473.000 hectares o plantio e a colheita reservada para os chineses. Desse total, 64% são controlados por empresas da indústria da borracha e o restante pertence a produtores locais, informa o Ministério da Agricultura daquele país.
Apenas no primeiro trimestre deste ano, o Camboja realizou exportações de 50 mil toneladas do insumo, período em que o preço da tonelada do insumo chegou a bater em US$ 2.400 a tonelada, recuando hoje para o intervalo entre US$ 1.600 e US$ 1.700 a tonelada, aponta o informe do Ministério de Comércio Exterior da China.
Segundo o órgão, o Governo do Camboja cobra um imposto equivalente a US$ 50 por tonelada exportada quando as vendas forem estabelecidas entre o intervalo de preços de US$ 1.000 a US$ 2.000 a tonelada, e fixa essa tarifa em US$ 100 quando os preços são superiores a US$ 2.000 a tonelada. Abaixo de US$ 1.000 a tonelada o imposto é zero.
Nos principais mercados asiáticos de negociação do insumo, os preços abriram a semana em baixa, pressionados pelo enfraquecimento do iene frente à cesta de moedas global – o iene caiu ao menor valor frente ao dólar em quatro meses -, além das pressões pelo recuo dos preços do petróleo.
Na Tocom, o mercado mais líquido para negociação do insumo, os preços para entrega em dezembro fecharam a segunda-feira cotados a US$ 1,7 o quilo. Em Xangai cederam para o patamar de US$ 1,865 a tonelada para entrega em setembro. Na Sicom, de Cingapura, o insumo foi negociado a US$ 1,2 o quilo para entrega em agosto.
Em 30 de junho do ano passado, a Tocom operava com um estoque de borracha natural equivalente a 8.094 toneladas. Em 30 de junho passado, esse estoque era de 2.804 toneladas.