Os efeitos da crise internacional levaram a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduzir a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), brasileiro neste ano, de 3% para 2,1%.
Especificamente, a entidade aponta que o PIB industrial deve crescer apenas 1,6% em 2012, ante a estimativa anterior, de 2%.
A CNI prevê que nos três segmentos industriais, a indústria de transformação terá a menor expansão este ano, com apenas 1%, seguida pela indústria extrativa, com 2%, e pela indústria da construção, com expectativa de 3% de crescimento.
A manutenção de estoques elevados e o atendimento de parte da demanda interna pelas importações estão entre as principais causas apontadas pela CNI para a baixa performance do setor industrial, que se refletirá necessariamente no comportamento do PIB.
Outras reduções nas previsões da CNI para os principais indicadores da economia ocorreram com os investimentos, que irão crescer 2,5% em 2012, contra a estimativa do primeiro trimestre de 5,6%. A expectativa do consumo das famílias caiu de um aumento de 4% para 3,5%.
A estimativa da taxa de emprego não mudou de um trimestre para o outro, mantendo-se em 5,5%, assim como não se alterou a perspectiva da inflação, de 5% em 2012.
A CNI revisou a taxa real média anual de juros, de 4% no primeiro trimestre para 3,3%, e a taxa de câmbio, de R$ 1,80 para R$ 1,94 em dezembro.