Se depender da variação de preços dos produtos vendidos junto ao comércio eletrônico, os indicadores de preços – mais conhecidos e usados na economia, como IPCA, IGP-M e IPC-Fipe -caminham rumo à deflação.
É o que mostra a variação do Índice Fipe Buscapé, que apresenta deflação persiste e contínua desde dezembro do ano passado. O indicador é apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e leva em consideração 41 mil produtos únicos que representam aproximadamente 80% das compras realizadas nesse canal. São mais de três milhões de preços calculados e analisados mensalmente, em um universo estimado de 3,6 milhões de consumidores.
Em maio, o índice apresenta deflação de 4,48%, ou a maior queda apurada desde agosto de 2013 (-4,24%). Comparativamente a abril desde ano, a deflação é de 1,16%.
Quem está puxando o índice para baixo são artigos de telefonia, com recuo de 15,58%, fotografia (-6,22%), eletrônicos (-4,13%), moda e acessórios (-3,34%) e informática (-3,20%).
Na contramão das baixas medidas pelo Índice Fipe Buscapé estão: cosméticos e perfumaria (1,83%), brinquedos e games (1,65%) e casa e decoração (1,14%).
Entre as justificativas para o atual desempenho de preços estão “as promoções do Dia das Mães e o dólar sob controle”, afirma o CEO do Buscapé, Sandoval Martins.
Metodologia:
Por conta de sua composição e características, a cesta de produtos do e-commerce tende a ser deflacionária em condições ideais de mercado. A comparação é feita sempre dos mesmos produtos, que propendem à desvalorização com a disseminação da tecnologia, lançamento de um produto superior na mesma categoria ou troca de coleção e mostruário.
Para mais informações, acesse: Índice FIPE Buscapé