O rescaldo da paralisação dos caminhoneiros gerou uma conta de R$ 700 milhões em perdas de receitas com arrecadação para as concessionárias do Estado de SP, montante equivalente a 8% do total da arrecadação dessas empresas.
A informação é do CFO da Entrevias, Gilson Carvalho, ao citar dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), durante reunião do colegiado do Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros (IBEF).
O índice medido pela Associação revelou que o mês de maio registrou queda de 13% no tráfego de transportes em comparação a maio do ano passado devido aos dias de greve – redução de 9% de veículos leves e de 23% de veículos pesados.
A perda de receitas com arrecadação se deveu à suspensão da cobrança de tarifa de pedágio para o eixo elevado dos caminhões nas rodovias paulistas, negociada pelo Governo de SP com a classe grevista.
Segundo o executivo, as perdas financeiras dessa decisão deverão ser compensadas pelo próprio governo às concessionárias, por se tratar de fator alheio às empresas.
Contudo, o consumidor terá que ajudar a pagar a conta, já que haverá reajuste no valor do pedágio, acima da inflação, para obtenção desses recursos.