Balanço feito pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), mostra que o consumo de gás natural fechou o primeiro quadrimestre em expansão de 5,8%, comparativamente ao mesmo período do ano passado, algo que na visão do presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, serve como um balizador de gradual recuperação da economia brasileira.
Evidente que os dados não contemplam o mês de maio, cuja greve dos caminhoneiros pode ter afetado o quadro estatístico (de evolução) do consumo de gás natural, mas, segundo a Abegás, os dados servem para apontar que essa matriz energética pode entrar no rol das discussões.
Um dado interessante é que o consumo de Gás Natural Veicular apresentou aumento de 12,7% em abril, quando comparado com abril de 2017. Ou seja, independente da crise de maio, digamos assim, o consumidor já estava buscando essa matriz energética para fugir dos constantes aumentos de preços praticados pela Petrobras no diesel e na gasolina.
“O aumento do consumo de gás natural é um indicador da gradual recuperação da economia em 2018. O consumidor final vem percebendo cada vez mais a economia em rodar com GNV diante da alta nos preços dos combustíveis líquidos e também o conforto e segurança do abastecimento contínuo no uso residencial do gás natural”, diz em nota o presidente executivo da Abegás.
Nas residências, a entidade apurou aumento de 10,7% entre janeiro e abril deste ano (sobre o 1º quadrimestre de 2017), destacando que o bom número se deveu, também, ao investimento contínuo das concessionárias em expansão de rede.
Nas terméletricas, o uso de gás natural caiu 23,2% em abril e na cogeração subiu 15,2% – na base quadrimestral.
O número de consumidores de gás natural em abril ultrapassou a marca dos 3,36 milhões. São 3.161 indústrias, 39.377 estabelecimentos comerciais, 3.319.369 consumidores residenciais e 1.567 postos que distribuem GNV, diz a Abegas.
Destaques de consumo nas regiões em abril de 2018 frente a março de 2018
- Centro-Oeste – Expansão no consumo comercial: 11,8%.
• Nordeste – Alta no consumo da indústria: 6,9%.
• Norte – Crescimento no consumo de matéria-prima: 28,5%.
• Sudeste – Aumento do consumo em cogeração: 7%.
• Sul – Crescimento no segmento residencial: 7,1%.