Não deu certo o processo de fusão e aquisição entre a norte-americana Cooper Tire & Rubber Company e a indiana Apollo Tyres.
Em informe ao mercado, o presidente e CEO da Cooper, Roy Armes, destaca que o acordo de fusão assinado pelas empresas em 12 de junho não será consumado.
“É hora de seguir em frente”, destaca o executivo. Segundo ele, embora racional e estratégico, o processo de fusão seria interessante para uma combinação de negócios entre as empresas, mas o financiamento necessário para a concretização do negócio não foi possível.
“A coisa certa para a Cooper agora é concentrar-se em seu negócio”, diz ele ao destacar para o forte modelo de negócios da companhia. “Estamos saindo de um lucro operacional recorde durante a primeira metade do ano (2013) e esperamos continuar assim no segundo semestre (2013)”, destaca em nota ao mercado.
“Enfrentar a situação da Cooper Chengshan Tire (CCT) em Rongcheng, China, é a nossa prioridade em curto prazo. As questões envolvendo a CCT foram impulsionadas pelo acordo de fusão e com o acordo agora finalizado vamos trabalhar de forma independente e restaurar as operações na CCT”, disse.
Uma vez resolvida a questão da CCT, a Cooper voltará a expedir relatórios financeiros regulares, aponta o informe que também destaca que a Cooper considera que a Apollo violou acordos da fusão. “Vamos perseguir as medidas legais necessárias para proteger nossos interesses e os interesses dos acionistas”,aponta Roy Armes.
“Estamos ansiosos para executar nosso plano estratégico para 2014e temos uma base muito forte para fazer isso – marcas respeitadas pela qualidade, uma base de clientes fieis, uma rede global de produção e distribuição e uma força de trabalho qualificada”, destaca o executivo.
O impacto da decisão, tomada na virada de ano, começa a ser sentido nos mercados financeiros norte-americanos nesta quinta-feira, 02, onde instituições de mercado rebaixam o rating das ações da Cooper de compra (em portfólio de ações) para neutra.
A alegação é a necessidade de reflexão sobre os fundamentos econômicos e financeiros da empresa durante o processo de fusão e agora com o fim do acordo.