A cada dia que passa a situação da Kumho, segunda maior empresa produtora de pneus da Coreia do Sul, mostra-se mais complicada.
Segundo agências de notícias sul-coreanas, o Korea Development Bank (algo ‘parecido’ com o nosso BNDES), vem fazendo enormes esforços para resolver as questões que envolvem a produtora de pneus, mas o quadro está, no mínimo, difícil.
Os credores da Kumho estão entre cobrar hoje ou dilatar até 30 de junho a dívida que já chega a US$ 1,16 bilhão. A posição dos credores é simples: a Kumho tem que vender sua unidade de pneus e saldar o passivo, mas a empresa pede uma extensão de cinco anos para pagar.
Nem a empresa e nem mesmo a Kumho Asiana Group, até então dona da Kumho Tires, tem capacidade para fazer frente ao dispêndio.
Os nove credores, capitaneados pelo Korea Development Bank – que detém 50% do total das dívidas -, abriram um processo de venda da Kumho Tire, em nível global, e, nessa operação surgiu a estatal chinesa Doublestar, vencedora da concorrência.
A Doublestar agora pede, também, cinco anos para saldar não apenas a dívida com os nove credores, mas todo o passivo, que é de US$ 1,955 bilhão.
Ai entrou em cena a posição do Woori Bank, que tem 34% do direito de voto entre os credores, é o segundo maior credor da companhia e não aceita a prorrogação por cinco anos, mas, talvez, dois anos.
Se os credores não ratificarem o adiamento da dívida e se a Doublestar recusar a compra, todo o passivo recairá, de novo, no colo do presidente da Kumho Asiana Group, Park Sam-koo – que não aceita a venda para a Doublestar e se recusa a vender a marca e os direitos de uso para a estatal chinesa.
O principal reflexo de tudo isso se dá em nível internacional. Os clientes da Kumho estão ‘intranquilos’ com a situação, com a companhia já tendo registrado perdas de negócios importantes.
Transportepress.com, com agências internacionais