“A greve dos caminhoneiros no Brasil destaca a importância vital de um fornecimento confiável de combustível de aviação para o bem-estar do país. A aviação tem uma participação importante na economia brasileira, garantindo 1,1 milhão de empregos e 1,4% do PIB do país. Mas sem combustível, esses benefícios não podem ser realizados”.
A posição é do vice-presidente regional da IATA para as Américas, Peter Cerda, em nota distribuída ao mercado nesta quinta-feira, 24.
Segundo o executivo, “a crise também levanta questões mais amplas sobre as políticas de combustível do Brasil e se elas estão gerando o melhor resultado para a população e as empresas do país”.
Cerda destaca que “devido às políticas do governo, as companhias aéreas pagam pelo combustível de aviação no Brasil mais do que quase qualquer outro lugar do mundo”, e dá um exemplo: “Embora o Brasil importe menos de 10% de seu combustível de aviação, o preço do combustível se equipara ao preço de importação do Golfo do México”, diz.
“A política de preços de paridade de importação do Brasil aumenta cerca de 660 milhões de dólares por ano na conta das companhias aéreas. Além disso, o Brasil tem um dos ICMS mais altos sobre o combustível doméstico (19% em média). No Estado de São Paulo, o maior mercado de transporte aéreo do Brasil, o ICMS é de 25%”, ressalta em nota.
Para Peter Cerda, a remoção da carga pesada imposta pelos custos do combustível na aviação e nas viagens aéreas estimulará a economia brasileira e tornará as empresas brasileiras mais competitivas nos mercados mundiais.