Pesquisa de Origem e Destino feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), sobre mobilidade na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) mostra que os passageiros metropolitanos fazem 31,2% das viagens nas linhas integradas de ônibus disponibilizadas na RMC.
Até a divulgação dos dados, a Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), que administra o transporte coletivo na Capital do Paraná, e a Comec, que administra o transporte integrado nos municípios da RMC, estimavam em 21,7% a participação do passageiro metropolitano.
O novo percentual deve alterar os cálculos do valor da tarifa técnica e do subsídio repassado pelo Governo do Estado ao sistema, destaca o diretor de Transportes da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), André Fialho.
“A ideia é mantermos a política de integração por meio do subsídio, mas agora temos uma ferramenta técnica para auxiliar a negociação com a prefeitura de Curitiba”, explicou Fialho. “Esses números também vão ajudar a estabelecer uma política tarifária mais perene, incluindo a isenção pelo Estado dos impostos que incidem sobre a tarifa”, afirmou.
Segundo o executivo, o estudo mostrou que muitos usuários saem de sua cidade e vêm até Curitiba para então ir a outro município. “Vamos agora analisar a viabilidade econômica e técnica para incluir essas novas ligações e também estudamos a possibilidade de integrar outros municípios da RMC”, destacou.
De março a outubro deste ano, a Fipe analisou o deslocamento dos passageiros de 14 municípios e entrevistou 128.655 passageiros de todas as linhas da rede e também de linhas não integradas. O número de entrevistados representa mais de 10% do total de passageiros da rede de transporte, que é de cerca de 1,2 milhão de pessoas por dia.
Convênio
O resultado da pesquisa será usado para estabelecer as bases de um novo convênio. O acordo atual se encerra em dezembro. Hoje, a tarifa técnica (soma dos custos, sem subsídio) do transporte coletivo apenas para Curitiba é calculada em R$ 2,93 e, apenas para a RMC, em R$ 4,07. Na Rede Integrada, a tarifa técnica é de R$ 3,18.
O custo do passageiro da RMC, expresso na tarifa técnica, é levado em conta na definição do valor do subsídio. A pesquisa mostrou, no entanto, que o volume de passageiros da RMC é bem maior do que o estimado, o que reduz custos do sistema metropolitano.
Com o resultado da pesquisa, a Comec deverá renegociar com a Urbs as bases das novas tarifas técnicas, para renovação do convênio entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Curitiba. Novo cálculo estima uma tarifa técnica, apenas para a RMC, de R$ 2,85.
Desde maio de 2012, quando criou o subsídio, até dezembro deste ano, o Governo do Estado terá repassado mais de R$ 193 milhões à Rede Integrada de Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitana. Esse valor não inclui a isenção de ICMS para o óleo diesel dos ônibus, implantada pelo Governo do Estado em 2013.
Veja o vídeo da pesquisa realizada com usuários
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As informações são da Agência de Notícias do Estado do Paraná.