A demanda por pneus originais – vendidos diretamente para as montadores – para equipar veículos de passeio e comerciais leves movimentou a soma de 214 milhões de unidades no primeiro semestre de 2015, montante ligeiramente superior ao mesmo período do ano passado, quando as montadoras receberam 213,2 milhões de unidades.
Os dados constam do relatório de desempenho financeiro divulgado pela Michelin, a segunda maior empresa de pneus do mundo, na última terça-feira, 28.
Com exceção da América Latina, cuja demanda por pneus originais apresentou recuo de 14% no período, e da Ásia (menos a Índia), de 1%, todos os demais mercados globais apresentaram expansão, aponta o estudo.
A Ásia (menos Índia) é a região com a maior demanda por pneus do mundo: 97,1 milhões de unidades entre janeiro e junho deste ano, montante 1% abaixo das 98,2 milhões de unidades registradas no primeiro semestre do ano passado. Por trimestre, a demanda caiu 1% entre janeiro e março e 4% entre abril e junho.
Entre os destaques apontados pela Michelin, está a China, que mesmo diante de um processo de desaceleração de sua economia demandou 5% mais pneus originais no período – com declínio no segmento de sedans, mas substancial aumento de pneus para SUVs. Tailândia e Japão apresentam quadro decrescente, aponta o estudo.
O segundo maior mercado global para fornecimento de pneus OE é a Europa, que demandou 51,4 milhões de unidades no primeiro semestre deste ano, ou 3% acima das 49,9 milhões de unidades no 1S14. Por trimestre, as altas foram de 4% (1T15) e 2% (2T15). A empresa ressalta o desempenho positivo de 5% observado na Europa Ocidental, motivado pela retomada da produção de veículos, em detrimento de queda de 22% na demanda por pneus OE na Europa Oriental – que atravessa um momento de enquadramento econômico e monetário difícil.
Na América do Norte as montadoras de veículos de passeio e comerciais leves demandaram a soma de 43,5 milhões de unidades, representando um salto de 3% sobre o mesmo período do ano passado (42,1 milhões de pneus). No primeiro trimestre constatou-se alta de 2% e expansão de 5% no segundo trimestre fiscal. A Michelin chama a atenção para as agressivas políticas de vendas, de financiamento e promocionais que a indústria automotiva e de pneus vêm realizando na América do Norte, ao longo do período.
África, Oriente Médio e Índia demandaram 14 milhões de unidades no primeiro semestre do ano, 4% de expansão comparativamente ao primeiro semestre do ano anterior, com aumento de 9% no primeiro trimestre fiscal e recuo de 1% no segundo. Para esta região, a companhia ressalta a demanda concentrada na Índia em detrimento de uma dinâmica mais lenta na África do Sul.
Na América do Sul, foram 8,0 milhões de pneus para veículos de passeio e comerciais leves, montante 14% inferior às 9,4 milhões de unidades sobre o período de referência. No primeiro trimestre, a demanda havia cedido 13% e ampliou-se para 16% no segundo, destaca o informe da Michelin ao apontar para a queda acentuada da produção de veículos na região.
A empresa francesa destaca que os números apresentados se baseiam em estimativas de mercado, estimativas da própria companhia e levam em consideração dados de importação e exportação e número de pneus vendidos.
Para mais informações, acesse o link: http://www.michelin.com/eng/finance/financial-results/2015-First-Half-Results É possível assistir ao vídeo de apresentação dos executivos e fazer o download dos relatórios financeiros divulgados na terça-feira, 28.