O comércio varejista do Estado de São Paulo já fechou 34.125 empregos com carteira assinada em 12 meses terminados em fevereiro deste ano, dos quais 4.068 em fevereiro.
É o que aponta o balanço realizado pela Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da FecomercioSP. Hoje a força de trabalho do comércio varejista paulista conta com 2.062.463 trabalhadores, ou 1,6% a menos que em igual período do ano passado.
Apesar do quadro de fechamento de vagas, a Federação pondera que o ritmo de cortes de vagas está cada vez menor, o que pode indicar que a crise no mercado de trabalho varejista pode estar próxima do fim.
Onde estão os cortes
Entre as nove atividades pesquisadas pela entidade, apenas duas apresentaram crescimento no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2016: farmácias e perfumarias (2,2%) e supermercados (1,2%).
Por outro lado, os piores desempenhos foram registrados nos segmentos de concessionárias de veículos (-5,4%), lojas de móveis e decoração (-4,5%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-4,4%).
Observando os dados por ocupações, as profissões com pior saldo de movimentação em fevereiro foram de vendedores e demonstradores (-1.480 vagas) e os caixas bilheteiros e afins (-1.184 vagas).
Transição longa e lenta
A FecomercioSP espera que daqui para frente os resultados mensais oscilem bastante, com geração e perdas de vagas intercalando não uniformemente. Assim como se espera ainda um primeiro semestre no negativo, mantém-se a perspectiva de geração de vagas nos últimos seis meses de 2017, com o registro de saldos positivos mais consistentes já na transição para 2018. A Federação pondera ainda que tal cenário é dependente dos resultados práticos de inflação e juros mais baixos ao consumidor e no endividamento das famílias, passando por reação das vendas empresariais e, consequentemente, retomada de seus investimentos. É uma transição lenta e longa, mas já bastante factível. |