A Nokian Tires, tradicional empresa produtora de pneus da Finlândia, inicia no próximo dia 14 negociações com os 900 trabalhadores de sua fábrica na Finlândia. O objetivo da empresa é o de demitir 150 profissionais.
A decisão leva em conta o baixo desempenho que a empresa vem tendo em seus negócios na Rússia e na Comunidade dos Estados Independentes (CEI), a 11 repúblicas que pertenciam à extinta União Soviética.
Motivada pelos conflitos entre Ucrânia x Rússia x Estados Unidos e agravada pelas sanções econômicas à Rússia, o mercado automotivo russo vem apresentando recuos sucessivas de produção e vendas. Só no 1º semestre deste ano as vendas já caíram 30% ante o mesmo período do ano passado, sendo observado recuo de 35% em julho contra o mesmo mês do ano passado.
Diante desse quadro, o segmento de pneus assiste a um recuo de 20% nas vendas no período. Especificamente sobre o segmento de caminhões, o recuo medido pela Nokian chega a 16% na Rússia.
Em nota ao mercado, a Nokian ressalta que a meta com os cortes de pessoal visam atingir uma economia de aproximadamente 8 milhões de euros por ano. As demissões previstas chegam a no máximo 150 profissionais.
Em caso de aumento da demanda por pneus da marca no futuro, a Nokian ressalta que tem como atender isso usando a capacidade ociosa com que vem trabalhando na planta da Finlândia.
Entre janeiro a junho deste ano a Nokian apresentou recuo de 8% em suas vendas sobre o mesmo período do ano passado, somando 626,8 milhões de euros, com o lucro operacional cedendo 19%, para 128,8 milhões de euros.
Entre os números apresentados em seu relatório financeiro a Nokian destaca recuo de 37,5% nas vendas para a Rússia/CEI; queda de 7,0% em outros mercados da Europa; e avanços de 5,8% nos países nórdicos e de 26,8% na América do Norte.
No encerramento do primeiro semestre as vendas de pneus de passeio cederam 13,8%, ante elevação de 6,1% de pneus de carga e OTR – a Nokian.
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