A elevação do IPI, a incorporação de equipamentos de segurança nos automóveis e os aumentos de custos de produção podem deixar os preços dos veículos mais caros a partir de janeiro de 2014.
O alerta foi dado nesta quinta-feira, 05, pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior.
“A elevação do IPI a partir de janeiro, conforme já sinalizou o ministro da Fazenda Guido Mantega, elevará os preços dos veículos. Além disso, é importante lembrar que a incorporação de equipamentos de segurança em todos os automóveis e comerciais leves, além dos aumentos de custos de produção, pode representar acréscimo nos preços, em percentuais decididos por cada montadora”, disse.
Segundo Moan, cada ponto percentual da alíquota do IPI representa diretamente em aumento de 1,1% no preço do veículo (veja gráfico anexo). Portanto, para tomar como exemplo, caso as taxas do imposto para um automóvel de até 1.000 cc retornem ao seu patamar original a partir de janeiro – o que significa saltar de 2% para 7% – um veículo nestas características pode ficar 5,6% mais caro.
A entidade também apresentou suas estimativas de geração de impostos com a redução do IPI, que agora indicam superávit em âmbito federal, estadual e municipal.
Os dados apontam que o Governo Federal deixou de arrecadar R$ 4,9 bilhões desde que a redução do IPI entrou em vigor, em maio de 2012, mas arrecadou R$ 5,0 bilhões com PIS/COFINS.
Nas esferas estaduais e municipais, com o IPVA e ICMS, a geração de impostos foi R$ 6,6 bilhões maior.