Quarto maior produtor de borracha natural do país – com base na cultura da hevea brasilienses -, o estado do Espírito Santo vem realizado fortes investimentos no setor.
Hoje são 15 mil hectares com a cultura no estado, mas a meta é chegar a 2025 com 75 mil hectares, algo que deve gerar 20 mil novos empregos, aponta o Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag).
O cronograma de plantio vem sendo reforçado desde 2009, quando o governo local disponibilizou 375 mil mudas para os produtores rurais, número que ficou em 300 mil mudas em 2010, e 250 mil mudas em 2011.
A meta 2012 e 2013 são de distribuição de mais 250 mil mudas de seringueiras, mas segundo o extensionista do Escritório Local de Desenvolvimento Rural (ELDR) de Vila Velha, Itamar Alvino de Souza, a demanda supera a oferta. “Já recebemos pedidos para 280 mil mudas pelos produtores do estado”, disse em nota divulgada pela agência de notícias do governo capixaba.
“Em cinco hectares, podemos plantar 2.300 pés e extrair mil quilos de borracha por mês, gerando uma renda média mensal de R$ 2.500. Vemos que a oscilação de preço não é tão grande”, afirma o produtor rural Abimael Correa do Nascimento Filho, que mora no Córrego Rancho Alto, município de São Gabriel da Palha.
Atualmente, o município conta com 300 produtores familiares que possuem plantio de seringueiras em sua propriedade.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Espírito Santo é o quarto maior produtor de borracha natural do Brasil, com 5.945 toneladas do insumo produzidas em 2010, equivalentes a 4,4% da produção total do país naquele ano.
São Paulo produz 58,2% de toda a borracha natural consumida no país, seguido pelo estado da Bahia, com 14,2% e Mato Grosso, com 8,7%.
Segundo o boletim do governo capixaba, e tendo por base dados do Grupo Internacional de Estudos da Borracha (IRSG), em 2012, o país consumiu 354 mil toneladas de borracha enquanto a produção local foi de apenas 139 mil toneladas.