Estão faltando faróis, máquinas elevadoras de vidros das portas, lanternas e calotas no mercado de reposição. De acordo com o modelo do automóvel (sedans médios, modelos executivos e utilitários), a dificuldade é ainda maior.
A afirmação é do diretor executivo da Yes Aluguel de Carros, Raimundo Nonato de Castro Teixeira, uma das quatro maiores empresas do segmento de locação de veículos do País.
“Se entendermos o carro como o instrumento de trabalho da locadora, com uma permanência média de 12 a 18 meses na empresa, a demora em repor peças ou atraso de serviço representa a perda de 6% a 10% da ‘vida útil’ do veículo”, ressalta em nota, ao apontar que “a maioria das concessionárias ainda não vê as locadoras como clientes especiais, que geram um grande e constante volume de serviços, o que se reflete na alta dos preços, no atraso de entregas e na qualidade dos serviços.”
Para ele é importante fortalecer a relação com as concessionárias de veículos, uma vez que as locadoras de automóveis são hoje as principais clientes das montadoras.
Com base em números da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, as empresas do setor são responsáveis pela compra de aproximadamente 8% do total de veículos vendidos por ano no País.
Para contornar as dificuldades, as locadoras recorrem a estratégias distintas. Em cidades maiores, onde há variedade de concessionárias de uma mesma marca, recorre-se àquela que oferece o melhor atendimento.
Já em cidades menores, onde muitas vezes a rede credenciada de oficinas também é reduzida, a alternativa tem sido a mudança de marca, o que se reflete nos percentuais de participação das diferentes montadoras nos resultados do setor de locação.
Outra solução para combater os prejuízos e minimizá-los é a opção por veículos com maior resistência e melhor índice de reparabilidade.