Os fabricantes de pneus brasileiros arregaçaram as mangas e foram à luta neste primeiro trimestre de 2012: o Brasil nunca exportou tanto pneus de carga e transporte na série de 2009, 2010 e 2011, como agora.
Em números, a indústria brasileira exportou o equivalente a 9.029 unidades por dia entre janeiro e março, totalizando 559,839 unidades no período e a geração de uma receita em moeda forte de US$ 145,2 milhões – 28,74% superior aos US$ 112,7 milhões gerados em receitas no mesmo período do ano passado.
Em relação a 2009, quando o mundo também estava numa ‘baita’ crise, os números de 2012 representam avanço de 69,9%.
De janeiro a março deste ano a velocidade de crescimento das importações foi de apenas 0,69% sobre o primeiro trimestre do ano anterior, o que referendou um saldo positivo na balança comercial do segmento carga e transporte de US$ 20,4 milhões.
As importações foram de US$ 124,7 milhões no período e o saldo positivo gerado pelas exportações maiores inverteu um déficit comercial que havia sido de US$ 11,7 milhões no encerramento do primeiro trimestre de 2011.
Em todos os meses de 2012 as exportações superaram as importações neste segmento de produto, sendo saldos superavitários de US$ 10 milhões em janeiro, US$ 3,3 milhões em fevereiro e US$ 7 milhões em março.
Para onde exportamos
Três destinos representaram 63,6% das vendas externas de pneus de carga e de transporte no período: Argentina (US$ 52,9 milhões), Venezuela (US$ 23,3 milhões) e México (US$ 16,1 milhões).
A cidade de Santo André, no Grande ABC paulista, foi responsável, individualmente, por 41,38% das exportações de pneus para caminhões e ônibus ao exterior.
A receita gerada pelas vendas foi de US$ 60 milhões, seguida pela cidade do Rio de Janeiro (US$ 24,3 milhões), Americana-SP (US$ 18,8 milhões), Barueri-SP (US$ 17,3 milhões) e Gravataí-RS (10,4 milhões).
De onde importamos
O triunvirato asiático formado pela Coreia do Sul, China e Japão forma o conjunto dos maiores vendedores de pneus para o mercado interno brasileiro. 47,7% dos pneus importados pelo Brasil vieram desses mercados, na sequência: Coreia do Sul (US$ 22,7 milhões), China (US$ 19 milhões) e Japão (US$ 17,8 milhões).