De janeiro a julho a produção de borracha natural encerrou julho em 6.838 milhões de toneladas, ou 8,6% abaixo do consumo no período, de 7.486 milhões de toneladas.
Os dados fazem parte de relatório divulgado pela Associação dos Países Produtores de Borracha Natural (ANRPC), dia 09 de agosto, e leva em consideração o balanço das operações com o insumo nos primeiros sete meses do ano.
Em nota, o secretário geral da ANRPC, Dr. Nguyen Ngoc Bich, ressalta a existência de um déficit no fornecimento mundial da ordem de 648 mil toneladas, e o consequente avanço dos preços da matéria-prima.
A oferta menor que a demanda, a volatilidade do iene frente à cesta de moedas global e a flutuação de preços do barril de petróleo bruto, explicam as melhoras observadas sobre os preços físicos das borrachas TSR, STR-20 e SMR-20, nas três primeiras semanas de julho.
Em contraposição a esse movimento, a composição de estoques estratégicos – mais altos que o normal – nas mãos de empresas e formadores (especuladores de mercado), acabaram por impactar a formação – e continuidade das altas – na última semana de julho, principalmente nos mercados da Tailândia e Malásia.
Para entender
TSR (Borracha Natural Tecnicamente Especificada): são classificadas de acordo com a fonte da borracha (látex ou coágulo) e são baseadas em padrões de produção diversos. O primeiro a ser adotado foi o Standard Malaysian Rubber (SMR), que acabou sendo adotado por outros países produtores como o Standard Thai Rubber (STR), Standard Indonesian Rubber (SIR), dentre outros.
A STR 20 e a SMR 20: equivalem ao padrão brasileiro GEB -1 (Granulado Escuro Brasileiro), e são as mais usadas na produção de pneumáticos.
Para se aprofundar no tema, acesse:
Estudo da borracha natural para utilização em períodos de entressafra num mesmo composto