Um lado bom e um lado ruim. A receptividade da aquisição do controle total da Chrysler Group LLC, pela Fiat, em um negócio de US$ 4,35 bilhões, caiu bem nos mercados de ações, onde os papéis da empresa italiana chegaram a apresentar valorização de até 16% – girando ao redor dos 12% ao final do dia.
Porém, os analistas de mercado se dividem em relação ao tamanho do endividamento da Fiat com a operação.
Segundo o Citigroup, com a operação, o passivo da Fiat passaria a ser o mais alto entre as empresas montadoras de veículos da Europa, dando salto de € 10 bilhões para € 14,5 bilhões, apontam os primeiros números.
Anunciado na noite de quarta-feira, 01, a aquisição representa a compra de 41,46% do capital da Chrysler Group LLC, a serem pagos da seguinte forma: US$ 3,65 bilhões para associação voluntária dos empregados (VEBA) – dos quais US$ 1,9 bilhão da Chrysler e US$ 1,75 bilhão da Fiat.
O fundo de seguro de saúde de funcionários aposentados afiliados ao sindicato United Auto Workers (UAW) receberá outros US$ 700 milhões.
Segundo as análises iniciais, a operação dependerá da habilidade da Fiat em compartilhar tecnologia, distribuidores e recursos entre as operações da Chrysler e as da Fiat.
Entre os planos iniciais está a vontade da Fiat em produzir jipes e uma nova linha da Alfa Romeo na Itália, ambos para exportação à Ásia, América Latina e América do Norte, como forma de compensar a baixa demanda por veículos na Itália e Europa como um todo.
O acordo, no entanto, traz um alento em relação a investimentos nas plantas da fábrica italiana na Europa, consideradas subutilizadas no momento, além do lançamento de novos modelos em plataformas conjuntas.