Combustível e energia elétrica são as grandes novidades da Fómula 1 para a temporada 2014, destaca informe divulgado pela Renault nesta quinta-feira,23, ao apresentar o novo motor Energy F1 2014, concebido para enfrentar o novo desafio.
Segundo a empresa os carros da F1 seguirão os seguintes pressupostos em relação aos motores: terão motor a combustão interna (MCI), gerador elétrico para recuperação da energia de frenagem (MGU-K em inglês), gerador elétrico para recuperação da energia de escape( MGU-H em inglês), reserva de energia (RE), turbocompressor (TC) e controle eletrônico (ESTE).
Como é o Energy F1 2014
Desenvolvido na fábrica de motores de Viry-Châtillon na França, o Energy F1 2014 é um V6 de 1,6 litro turbocomprimido a combustão interna que entrega 600 cavalos de potência e, segundo a montadora francesa, utilizará duas fontes de energia, a saber:
“O motor a combustão interna consumirá combustível clássico, enquanto que dois motores elétricos recuperarão a energia elétrica no nível dos escapamentos e do virabrequim (energia mecânica). Os dois sistemas funcionarão de maneira complementar durante todo o Grande Prêmio, por isso, as equipes e os pilotos deverão encontrar o equilíbrio certo entre as duas fontes de energia para gerenciar a corrida da melhor forma possível”, explicita o informe da empresa que tem como interlocutor o Presidente de Renault Sport F1, Jean-Michel Jalinier.
Um dos grandes desafios apontados pela Renault reside no consumo programado para cada carro, onde a quantidade de gasolina utilizada durante a corrida não poderá ultrapassar 100 kg (35% a menos que em 2013) e a vazão de combustível injetado será limitada a 100 kg/h (não tinha limites em 2013).
Como se dará o uso de motores
Segundo a empresa, cada piloto terá o direito de usar cinco grupos de motores durante a temporada. Caso venha a usar um sexto motor, largará na corrida a partir da reta dos boxes. Se um piloto deseja utilizar um sétimo modelo, sofrerá uma penalidade de 10 posições no grid. Na segunda vez que ele recorrer a uma sétima unidade, ele recuará cinco posições no grid e assim por diante.
Se a posição do piloto em relação ao grid não lhe permitir seguir a penalidade recebida em sua totalidade, o restante será aplicado durante a corrida seguinte. Entretanto, as penalidades restantes não podem ser adiadas para outro Grande Prêmio, informa a Renault, ao destacar que o desenvolvimento dos motores está bloqueado durante toda a temporada. Apenas são autorizadas modificações para tratar problemas de confiabilidade ou para reduzir custos .
Características do motor
• Motor V6 1,6 litro turbocomprimido a combustão interna
• Injeção direta
• Rotação máxima do motor de 15.000 RPM
• Potentes sistemas de recuperação de energia compostos de dois motores elétricos: o MGU-H, que coleta a energia no nível dos escapamentos, e o MGU-K, que recupera a energia cinética na frenagem.
• A energia elétrica produzida é armazenada em uma bateria
• A potência máxima fornecida é de 760 cavalos, um número similar ao da geração anterior de V8.