Iniciativa busca viabilizar novos empreendimentos de minerais considerados estratégicos para a transição energética
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciaram, domingo passado, o calendário de atividades do Fundo de Investimentos (FIP) em Minerais Estratégicos no Brasil, iniciativa que promete oxigenar o setor, bem como os segmentos de engenharia, máquinas e equipamentos.
O FIP Minerais Estratégicos tem como pretensão mobilizar mais de R$ 1 bilhão em recursos – sendo aporte de R$ 250 milhões pelo BNDES -, além de viabilizar novos empreendimentos de minerais considerados estratégicos para a transição energética, descarbonização e produção sustentável de alimentos.
Segundo o plano de trabalho desenvolvido pelo BNDES, espera-se que o Fundo invista em 15 a 20 empresas com projetos de pesquisa mineral, desenvolvimento e implantação de novas minas de minerais estratégicos no Brasil. O BNDES irá aportar até R$ 250 milhões no Fundo, com participação limitada a 25% do total, sendo esperados outros investidores nacionais e internacionais.
A iniciativa prioriza os minerais para transição energética e descarbonização, sendo eles: cobalto, cobre, estanho, grafita, lítio, manganês, minério de terras raras, minérios do grupo da platina, molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, titânio, tungstênio, urânio, vanádio e zinco. Fosfato, potássio e remineralizadores, minerais fundamentais para a fertilidade do solo, também estão no rol de elementos abrangidos pelo fundo.
O Brasil já é o maior produtor mundial de nióbio, o segundo maior de ferro, magnesita e tântalo, o terceiro de bauxita e o quarto maior em vanádio. Somos o país com a quinta maior reserva de lítio, com 1,2 milhão de toneladas. Apenas nos últimos 10 anos, o governo federal concedeu R$ 8,3 bilhões em financiamentos para cerca de 1.800 empresas do setor.