Prestes a iniciar as operações em sua primeira (e nova) fábrica no Brasil, a Hyundai se vê em uma situação no mínimo inusitada: greve por aumento no piso salarial e na redução da jornada de trabalho, ambas as questões pleiteadas pelo Sindicato de Metalúrgicos de Piracicaba.
A expectativa da empresa é a de abrir – oficialmente – suas operações industriais em 20 de setembro, mas os líderes sindicais locais pressionam para que a empresa coreana equipare os salários de seus trabalhadores aos pagos pela Toyota e Honda. As empresas japonesas têm unidades fabris em Indaiatuba e Sumaré, respectivamente.
Enquanto as montadoras nipônicas pagam aos seus trabalhadores um piso de R$ 1,6 mil, a coreana acordou um piso de R$ 1,2 mil.
Outro ponto de tensão entre as partes refere-se ao número de horas de trabalho por semana. Na Toyota se trabalha 40 horas semanais, na Honda 42 horas semanais e na Hyundai de Piracicaba o turno é de 44 horas semanais.
Ou seja, na cabeça dos líderes sindicais trabalha-se mais e ganha-se de menos na Hyundai.
A fábrica de Piracicaba emprega 1,5 mil colaboradores e a expectativa é de produção de 150 mil veículos por ano, a partir de 2013.