A RecMAXX, divisão de reforma de pneus do Grupo DPaschoal, está 100% certificada pelo Inmetro. O programa, que redundou em investimentos de R$ 150 mil sobre as 11 unidades RecMAXX espalhadas pelo País foi árduo, mas seguido à risca pela empresa, líder do mercado nacional – em volume -, com mais de 16 milhões de pneus reformados por ano.
“O legado dessa experiência foi muito positivo”, aponta o gerente de Engenharia de Recapagem do Grupo DPaschoal, Eliel Bartels, um dos profissionais que capitaneou o treinamento de 260 colaboradores – em capacitações exclusivas com técnicos do Inmetro – em um programa que teve a duração de 18 meses, utilizou-se de dois engenheiros dedicados ao tema, além da contratação de serviços de uma consultoria especializada.
“Seguimos todos os passos traçados pelo Inmetro e cumprimos cada um dos pontos da Portaria 444, que em síntese determina pela uniformização de processos e a qualidade do pneu reformado”, relata.
A ação da RecMAX deve ser mesmo comemorada, uma vez que menos de 50% das quase 3 mil empresas que atuam no mercado de reforma de pneus obteve essa certificação.
“Já temos o ISO 9001, a ISO 14001 e a OHSAS 18001, mas faltava o registro de declaração de conformidade de fornecedor, algo que agora temos”, disse Bartels ao relatar que esse trabalho, minucioso, revisou todas as formas de trabalho e operação da rede RecMAXX e padronizou todas as ações da rede.
“A norma é boa e toda a nossa rede agora fala a mesma língua”, aponta Bartels que prevê, porém, mudanças significativas sobre o segmento de reforma de pneus no Brasil.
“Já colhemos bons frutos desse trabalho, mas uma coisa que fica evidente é que ele está redesenhando a indústria de reforma de pneus no Brasil”, diz Bartels ao apresentar o que a RecMAXX espera para o mercado na série dos próximos dois anos.
Em pontos, o impacto da Portaria 444 vai trazer aumento significativo de custos, oriundos da:
1.Necessidade de manutenção do certificado;
2.Aumento exponencial do valor de aluguel;
3.Turnover;
4.Aumento das despesas com transportes;
5.Aumento dos preços de matérias-primas;
6.Atendimento às normas ambientais cada dia mais rígidas.
“Esses cinco pontos vão forçar as empresas a uma série de ações, caso queiram se manter competitivas”, destaca Bartels. Segundo ele, entre as obrigações estão:
1.Substituição de equipamentos obsoletos;
2.Introdução de novas tecnologias de produção;
3.Investimentos continuados em treinamentos;
4.Mudança do layout de produção;
“Em alguns casos sentimos que algumas empresas de reforma vão mudar de cidade, em busca de incentivos fiscais e tributários ou mesmo algo que já está ocorrendo em maior número, processos de fusão entre empresas do ramo visando à busca de economia de escala”, relata.
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