Em dois anos o Brasil terá carros elétricos em escala industrial. Hoje, agora, se 100% da frota se baseasse na eletromobilidade o sistema elétrico nacional atenderia a demanda com folga.
Quem garante isso é Itaipu Binacional, um ecossistema de pesquisa e desenvolvimento de energias limpas e renováveis que tem capacitado setores industriais e cidades brasileiras para esse novo mundo, com muito sucesso.
Graças à Binacional, o Brasil já tem 70% de componentes necessários ao advento do carro elétrico – e no caso da bateria de sódio colocou o Brasil no rol dos detentores de conhecimento para produção da parte química dessas baterias, o coração do carro do futuro.
Isso é apenas uma pequena parte do que estamos mostrando na edição. Apresentamos a construção de soluções em mobilidade urbana em Curitiba, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Só na cidade de São Paulo, a Prefeitura pode gerar economia de 30% em combustível, redução de 80% nas fraudes em bilhetagem, ganho de 20% em segurança e 70% em confiabilidade do sistema. Basta apostar na tecnologia para chegar lá, diz a Fenifra.
Apesar das várias iniciativas e aperfeiçoamentos desejados há muitos desafios: um deles, apontado pelos pesquisadores do Mackenzie é a integração intermodal entre cidades.
O incrível aqui é que cada cidade tem sua própria política de transporte. Ainda não entenderam que a mobilidade urbana é um problema metropolitano que não respeita fronteiras administrativas e, sem se integrar com os vizinhos, as soluções serão sempre ineficientes e caras.
Aliás, muito caras. Descobrimos quanto os brasileiros vão gastar com transporte esse ano: mais que o dobro dos gastos com livros, materiais escolares, matrículas e mensalidades. Só isso mostra que algo está errado na hierarquia do consumo.
Você terá ainda uma ideia do teste da mobilidade urbana do Rio de Janeiro, feito pelo PROTESTE, e como Santa Catarina quer investir R$ 1,3 bilhão para criar um dos sistemas mais inteligentes de transportes no Sul do país, nos próximos 25 anos.
Mas tem mais. Tem a MoObie e a experiência do compartilhamento de veículos, a OLX em bikes e como a Constrac define os projetos arquitetônicos a partir da mobilidade urbana.
Fernando Bortolin
Diretor de Redação
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