Em relatório financeiro divulgado nesta terça-feira, 24 de abril, o Grupo Scania apresentou números muito ruins em relação ao desempenho registrado no primeiro trimestre de 2011.
Começando pelo lucro líquido: queda de 29% no primeiro trimestre de 2012, para 1,794 bilhão de coroas suecas. No mesmo período do ano passado esse lucro havia sido de 2,514 bilhões de coroas suecas – recuo de 720 milhões de coroas suecas no espaço de 12 meses.
As encomendas de novos caminhões e ônibus apresentaram baixa de 19%, saindo de 19,457 bilhões de coroas suecas no primeiro trimestre de 2011 para 15,809 bilhões de coroas suecas entre janeiro e março de 2012. Aqui o recuo foi de 3,648 bilhões de coroas suecas.
As entregas de novos caminhões e ônibus cederam 15%, para 16,238 bilhões de coroas suecas – haviam sido de 19,065 bilhões de coroas suecas em igual período do ano passado. A perda chega a 2,827 bilhões de coroas suecas.
Dos cinco mercados globais de atuação da empresa, quatro apresentaram recuo nas encomendas de produtos e entregas. No quesito encomenda de novos caminhões, por exemplo, ocorreram baixas de 39% na América (inclui o Brasil), 32% na Ásia, 10% na África e Oceania, 6% na Europa. Apenas na Eurásia houve aumento de encomendas, de 25%.
Na América, os números caíram de 4,581 bilhões de coroas suecas relativas ao primeiro trimestre de 2011 para 2,792 bilhões de coroas suecas neste primeiro trimestre, uma diferença de 1,789 bilhões de coroas suecas.
Em relação às entregas de novos caminhões, a Scania reportou baixas de 30% na Ásia, 17% na Europa, 13% na Eurásia, 3% na América. Apenas os mercados da África e Oceania elevaram suas encomendas em relação aos três primeiros meses do ano passado, mesmo assim, de apenas 1%.
Entre as alegações da companhia estão a crise na Europa e o baixo crescimento da economia norte-americana. Em relação ao Brasil – o maior mercado para caminhões da empresa no mundo – a Scania destaca a transição dos caminhões e ônibus equipados com o Euro 5, cujas vendas desabaram desde 31 de dezembro de 2011.
Os números gerais da Scania só não foram piores porque o segmento de motores e serviços de engenharia registraram alta de 29% na geração de receitas no período, ante perdas de 8% em ônibus e 15% em caminhões.