Apresentar a divisão de recapagem da Bridgestone Corporation, a Bandag, um negócio que movimentou em 2012 a soma de 499 bilhões de ienes (US$ 4,95 bilhões pelo câmbio atualizado), foi uma das motivações que levou executivos da líder global em pneus a apresentar a jornalistas especializados a fábrica da empresa localizada em Campinas, na última terça-feira, 25.
Adquirida pela Bridgestone Corporation em 2006, pela soma de US$ 1,05 bilhão, a empresa de recapagem de pneus de origem norte-americana acabou por consolidar o conceito BBTS – Bridgestone Bandag Soluções em Pneus, que representa gestar o pneu em todo o seu ciclo de vida – quando sai como peça original ou de reposição da fábrica e é administrado até o fim de seu ciclo de vida (atentando para a possibilidade de recapagens de acordo com a qualidade da carcaça).
A Bandag conta hoje com plantas industriais em Campinas (SP), onde atuam mais de 150 colaboradores e em Mafra (SC), local em que atuam outros 30 profissionais – essa unidade produz apenas bandas de rodagem. Das duas unidades saem ao mercado mais de 30 tipos de bandas de rodagem que atendem à toda gama de medidas e aplicações em pneus , seja para o mercado local, seja para atender aos mercados latino-americanos.
A divisão conta também com uma rede superior a 130 BTS espalhadas pelo Brasil – com serviços exclusivos para motoristas autônomos e frotistas – e 100 empresas recapadoras que trabalham segundo as normas, sistemas e modelo de negócios da Bandag.
Falar da importância da recapagem em um mercado como o brasileiro parece até redundância, mas valem ser tocadas algumas premissas básicas: o mercado brasileiro de recapagem perde apenas para o mercado norte-americano em tamanho e volume de negócios; cerca de 80% do transporte de bens e mercadorias é realizado sobre rodas; a necessidade de redução de custos torna-se um imperativo diante de gastos com fretes cada vez mais elevados, além de a recapagem se inserir no conceito mais atual da sustentabilidade e meio ambiente, uma vez que permite o (re) uso de um mesmo pneu (sua carcaça) por até três vezes.
Quer outro exemplo de atendimento às métricas do meio ambiente? Um pneu novo gasta 88 litros de petróleo para ser produzido. Uma banda de rodagem é produzida utilizando-se apenas 28 litros, destacaram os executivos da Bridgestone Bandag durante a apresentação em Campinas.
Executivos da Bridgestone Bandag ressaltaram também que um pneu recapado custa em média 30% do preço de um novo e diante de uma recapagem de qualidade, pode rodar tanto quanto um pneu novo.
Essa diferença quando colocada na ponta do lápis (pelo frotista) representa, muitas vezes, a competitividade de sua empresa frente aos concorrentes ou simplesmente o lucro obtido ao final de um período.
Se de um lado sobram qualificativos para destacar a importância da recapagem de pneus para veículos de transporte de carga e urbano, a atenção dada pela Bridgestone Bandag, de acompanhar o ciclo total de vida de um pneu representa a fidelização do cliente à marca, a seus produtos e a seus serviços.
No caso da Bandag, além de a empresa ser inovadora no conceito de recapagem à frio, ela mesma produz suas bandas de rodagem para suprimento ao mercado, conforme as imagens anexas a essa matéria.
Bridgestone no Brasil
A Bridgestone está completando 90 anos de Brasil, com atividades iniciados em 1923 na cidade de São Paulo e a partir de fábrica própria em 1939, em Santo André, no ABC Paulista.
A maior empresa de pneus do mundo conta com 178 fábricas em todo o mundo e emprega 139.822 colaboradores.
A estratificação de seu gigantismo pode ser expressa da seguinte maneira: são 47 fábricas de pneus, 28 fábricas de produtos relacionados a pneus, 19 plantas de fabricação de matérias-primas, 84 fábricas de produtos diversificados, sete centros tecnológicos e 10 campos de prova.
Em seu portfólio encontram-se pneus e válvulas, produtos industriais, produtos químicos, automotivos e esportivos.
No Brasil, a empresa conta com fábricas em Santo André (3 mil colaboradores), Camaçari, na Bahia, com 600 profissionais, Bandag Campinas (150 colaboradores), Bandag Mafra (30 profissionais) e um campo de provas na cidade paulista de São Pedro.
Segundo o gerente geral de vendas e marketing da Bridgestone do Brasil, Marcos Aoki, 50% dos negócios da empresa no País são direcionados ao mercado de reposição de pneus, 35% para o segmento de equipamentos originais – suprimento de pneus para a indústria automotiva – e 15% para exportações de pneus.