Em apresentação feita a executivos financeiros – em reunião do colegiado do Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros (IBEF), em São Paulo -, Gregory Vaca, COO da Tishman Speyer, incorporadora, gestora e proprietária de fundos que investem no mercado imobiliário (com quase US$ 90 bilhões sob gestão), aponta para preços historicamente baixos dos imóveis nas cidades de São Paulo e Rio.
“Os imóveis padrão “triple A”, especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro, que estão com vacância e preços em níveis historicamente mais baratos”, disse, embora aponte que esse setor (de capital intensivo) praticamente não começou novos projetos nos últimos três anos e tem liquidado estoques em excesso.
“Contudo, essa janela de oportunidade é temporária, pois a demanda por espaços corporativos já mostra recuperação e a menor oferta de projetos, nos próximos anos, deverá pressionar os preços para cima”, diz.
“É uma grande janela de oportunidade para as empresas melhorarem o perfil de seus escritórios e reduzirem custos, reservando esses espaços neste momento”, ressaltou o executivo.
Boas oportunidades
Setores como infraestrutura, energia e mercado imobiliário ainda atraem muitos investimentos internacionais, destacou Charles Putz, sócio-fundador da Verena Ventures, em sua apresentação.
“Fica mais nítido que para ativos muito bons, a despeito das dificuldades do cenário econômico brasileiro, vai ter demanda de investimentos estrangeiros”, observou.
Segundo o executivo, um exemplo pode ser visto no leilão de áreas do pré-sal, realizado pelo Governo em 07 de junho e que teve duas áreas arrematadas por petroleiras estrangeiras com grande margem.
Outro leilão que já tem participação internacional confirmada será o de linhas de transmissão da Aneel, marcado para esta quinta-feira, 28, prevê.