Aconjugação de fatores positivos de atividade econômica apoiada no agronegócio, mineração, produtos frigorificados e transporte de gases e líquidos, são variáveis que ampliam o otimismo da empresa líder em caminhões e ônibus no Brasil, a Mercedes-Benz.
Em informe à imprensa, nesta segunda-feira, a empresa anunciou investimentos de R$ 2,4 bilhões no Brasil, entre 2018 e 2022, e apontou uma expectativa de expansão de 20% do mercado de caminhões em 2018.
“Juntamente com o transporte graneleiro, canavieiro e demais atividades do agronegócio, outros setores começam a dar sinais de retomada, como a mineração, transporte de gases e líquidos, combustíveis e produtos frigorificados, que demandam muito caminhão”, diz o vice-presidente de vendas, marketing e peças & serviços Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz, Roberto Leoncini.
“O nível de consulta por parte dos clientes vem aumentando de forma consistente, o que confirma essa tendência”, constata.
Apoiam essa expectativa otimista da empresa o pleno controle da política monetária – que exibe taxas de juros cadentes, diante de uma inflação que exibe os menores patamares dos últimos anos.
Isso ajuda, e muito, na flexibilização do crédito bancário voltado à aquisição de máquinas e equipamentos, algo que a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (ANEF), já revela como bastante promissor.
Na semana passada, a entidade reportou resultado recorde de liberações de recursos direcionados ao financiamento de veículos em agosto deste ano: R$ 11,3 bilhões, no melhor resultado desde dezembro de 2014.
Vale destacar que não apenas a melhora conjuntural favorece a retomada do nível de atividade, mas o grande alicerce do segmento de caminhões: as exportações (além do setor de agronegócios).
Manter essa orientação para o setor externo pode ser bastante salutar, algo que as companhias acabam por deixar de lado quando há recuperação do mercado interno.
Um sinal bem claro do peso externo ao setor está presente nas estatísticas da Anfavea. O segmento de caminhões produziu no ano 59.044 unidades e exportou 40,9% (ou 21.490 unidades exportadas), ou seja, mais do que compensou a baixa de vendas de 9,1% do mercado interno.
Manter essa pegada exportadora seria uma atitude das mais relevantes, o que pode-se entender como um ciclo virtuoso de desenvolvimento para a empresa, para o mercado e para o país.
Para Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina, a economia brasileira também ajuda, na medida em que sinaliza uma retomada do crescimento. “Fatores como inflação sob controle e juros mais baixos, por exemplo, devem motivar as empresas a renovar ou ampliar suas frotas.”
Em setembro, a montadora ficou entre as que mais venderam caminhões extrapesados no País. Com o emplacamento de 439 unidades, alcançou participação de 23%.
Foram emplacados 295 caminhões extrapesados rodoviários da marca e no segmento fora de estrada foram emplacadas 144 unidades, alcançando quase 50% de participação.