Assim como todo o mundo corporativo sofreu com a crise na Europa em 2012, aguardou com paciência a maturação do processo presidencial nos Estados Unidos e assistiu a uma dinâmica de crescimento da China menor que o comum, o setor de pneus, como um ente dentro dessa cadeia corporativa, também precisou chacoalhar a poeira e dar a volta por cima.
Reposicionamentos estratégicos foram necessários, assim como o deslocamento do foco produtivo e de investimentos para mercados emergentes – antes focados apenas e tão somente em mercados maduros -, bem como aumentar o encilhamento contra produtos importados também.
Até a primeira quinzena de março colhemos 14 resultados de balanço divulgados pelas empresas do setor e o retrato esperado de caos absoluto não se confirmou. Pelo contrário, nove fecharam o exercício fiscal de 2012 com recorde de vendas e de lucros e apenas três empresas apresentaram recuo em suas vendas. Foram elas a Goodyear (-7,8% ante 2011), Toyo (-9,2%) e Apollo (-0,3%).
No conjunto dessas 14 empresas, as vendas em 2012 somaram US$ 141.473,8 bilhões, sendo que a somatória dos resultados de vendas da Bridgestone, Michelin, Goodyear, Continental e Pirelli corresponderam a 76,2% das vendas globais de pneus no mundo. Juntas, essas empresas venderam US$ 107.833,0 bilhões em pneus no ano passado.
Juntas, essas empresas acumularam lucro líquido de US$ 7.252,7 bilhões, com a Continental destacando-se ao apresentar, sozinha, lucro líquido de US$ 2,6 bilhões (35,8% do total), seguida pela Michelin com US$ 2,1 bilhões e Bridgestone com outros US$ 1,8 bilhão. As três juntas ficaram com 89,6% dos lucros auferidos pelo setor no ano passado.