Aerotropolis. É com esse conceito que o governo de Minas Gerais pretende mudar a dinâmica econômica da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Por Aerotrópole entenda um novo modelo de ordenamento territorial, que vem surgindo mundialmente e atuando como forte indutor ao desenvolvimento e competitividade para as regiões metropolitanas e países. O conceito combina a existência de um grande aeroporto, uma cidade planejada, conveniência de transporte e um centro de negociações, uma lógica já adotada em países como a China, Índia, Holanda, e África do Sul. Atualmente existem 24 Aerotrópolis ao redor do mundo e outras 31 em desenvolvimento. O conceito desenvolvido pelo consultor e professor norte-americano, John Kasarda – que apresentou a ideia a autoridades mineiras, nesta terça-feira, 09, pode ser definido como uma região de grande importância econômica, na qual o ponto central é um aeroporto de grande porte, planejado para atuar como um complexo de transporte multimodal, tanto para passageiros quanto para cargas e cuja principal função é promover conectividade, com custos competitivos, ampla sustentabilidade e geração maciça de empregos. O ponto central da Aerotrópole é uma cidade aeroporto, rodeada por polos de indústrias, além de um conjunto completo de instalações comerciais e serviços que oferecem suporte tanto às empresas instaladas, quanto ao contingente de milhões de viajantes que passam pelos aeroportos anualmente, relata em nota a agência de notícias do governo de Minas Gerais, ao destacar que no contexto, o eixo do projeto seria o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN). “A expectativa é de que este projeto exija investimentos da ordem de US$ 1 bilhão e que seja realizado por meio de Parceria Pública Privada (PPP). Os projetos estão sendo desenvolvidos, tendo o ano de 2030 como referência e nossa meta é que seja possível chegar ao AITN, saindo de qualquer ponto da Região Metropolitana em 35 a 40 minutos”, destaca o subsecretário de Investimentos Estratégicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (SEDE), Luiz Antônio Athayde. Em tempo O vice-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho e o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, apresentaram nesta terça-feira, 09, à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e ao ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, os projetos e obras focadas na mobilidade urbana, orçadas em R$ 7,3 bilhões. Entre os projetos apresentados está a implantação do Transporte sobre Trilhos Metropolitanos (TREM), no valor de R$ 1,8 bilhão, a ampliação do BRT para o Vetor Norte da capital e para Betim, que juntas somam R$ 600 milhões, e a construção do ramal do metrô, ligando o bairro Calafate à região hospitalar, com investimentos de R$ 2 bilhões.