Assim como a Standard and Poor’s também havia elevado o rating da empresa francesa (em 27 de março de 2012), a Moody’s referendou nesta terça-feira, 24 de abril, os números de desempenho da Michelin.
O rating de crédito de longo prazo passou de Baa2 para Baa1, com perspectiva estável, embora se mantenha com a nota P-2 para o crédito de curto prazo.
Para entender a sopa de letrinhas acima, a Moody’s classifica obrigações como “Baa” como sendo de “risco de crédito moderado”, a nota P-2 identifica uma categoria de grau médio elevado.
Ou seja, a Moody’s considera que dentro das condições de mercado atuais e dos números apresentados pela empresa francesa, sua dívida de longo prazo está adequada e ajustada, mas considera que as dívidas de curto prazo trabalham em um quadro micro e macroeconômico de maior risco.
De acordo com a agência de classificação de riscos, a elevação do rating da Michelin reflete a melhoria das métricas financeiras da empresa ao longo dos últimos trimestres, incluindo o aumento de capital ocorrido em 2010 – em níveis mais sólidos que permitem posicionar a companhia na categoria Baa1.
A Moody’s ressalta ter confiança de que a Michelin será capaz de sustentar seus números financeiros nos próximos anos, em que pese a debilidade econômica observada nos principais mercados da Europa e, também, diante do aumento de preços das matérias-primas.
Ontem, a companhia francesa destacou que o impacto de alta das matérias-primas deve se situar entre 300 milhões a 350 milhões de euros neste ano, tendo sido de 52 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano.
Outro ponto destacado pela Moody’s refere-se à força da marca Michelin e sua sólida posição competitiva nos mercados em que atua – onde figura entre os três maiores fabricantes de pneus do mundo.
A Michelin, segundo a agência de classificação de riscos possui margens de lucros consistentes e mais elevadas que muitos outros fornecedores globais de pneus, inclusive, empresas montadoras de veículos.