Diversos fatores foram levados em conta pela agência de classificação de riscos Standard and Poor’s para a reclassificação do risco de crédito da Michelin e de seu braço financeiro.
Um deles foi o aumento de capital realizado pela empresa francesa, para 1,2 bilhão de euros, em outubro de 2010, e a venda de sua participação na Hankook, realizada em novembro do ano passado, fato que gerou um aumento do caixa da empresa de 400 milhões de euros.
Outro ponto é o desempenho operacional, qualificado pela Standard and Poor’s como muito sólido na série dos últimos dois anos, período em que os franceses registraram uma acentuada recuperação nos volumes e nas margens operacionais, acima de 9%, em que pese o forte aumento de preços de matérias-primas no período.
Ponto positivo, segundo a Standard and Poor’s, mas pesado para os consumidores, é que a Michelin repassou integralmente – 100% – dos aumentos registrados na forma de custos para os seus consumidores.
Ou seja, subiu aqui, passou ali e um abraço, a conta foi paga por quem comprou – os consumidores.