De um lado, a imprensa italiana destacou que o presidente da Fiat, Sergio Marchione, tem sim interesse no negócio, algo que a imprensa alemã, por sua vez, aponta que os porta-vozes da Volkswagen preferem o silêncio.
Em ambos os casos seria uma oportunidade de ouro para as duas empresas europeias entrarem com o pé direito no maior mercado de caminhões do mundo, ainda mais ancoradas sobre um dos ícones do setor naquele mercado, a Navistar.
Especulação é especulação, mas a Navistar também não ajudou a dissipar as questões envolvendo seu nome, tanto que as ações da Volkswagen chegaram a subir 4,35% na manhã desta segunda-feira, no pregão da Bolsa de Frankfurt.
Na semana passada a Navistar reportou ao mercado um de seus piores resultados financeiros dos últimos tempos: perdas de US$ 172 milhões – ou US$ 2,50 por ação – nos resultados financeiros relativos ao trimestre encerrado em 30 de abril de 2012.
Só o segmento de caminhões apurou perdas de US$ 89 milhões no trimestre fiscal ante lucro de US$ 92 milhões no mesmo período do ano passado, em que pese o aumento de vendas de caminhões para a América Latina, em alta de 4%.
O segmento de motores acusou perdas de US$ 108 milhões do trimestre fiscal, ante lucro de US$ 2 milhões no mesmo período do ano passado. Aqui houve um efeito negativo das vendas na América Latina, principalmente no Brasil, cujo mercado ainda não assimilou os altos custos dos motores Euro 5.
Em linhas gerais, o board da Navistar projeta para o PRIMEIRO SEMESTRE perdas totais da ordem de US$ 201 milhões, ou US$ 2,90 por ação.
Após a divulgação desses resultados a empresa anunciou profundas mudanças de gestão, chamadas de ‘realinhamento da gestão’, a fim de dar um novo impulso para a companhia.
Enquanto esses ajustes se processam, os rumores de aquisição pela Volkswagen e Fiat só crescem e nem sequer foram desmentidos pela Navistar.
Mais informações, acesse: Navistar